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Seguro defende eleição de um «presidente da Europa»

Seguro defende eleição de um «presidente da Europa»

António José Seguro defendeu hoje a “eleição de um presidente da Europa” por “todos os europeus” e considerou que a “doença” da União Europeia é a sua “ambiguidade”, apontando o federalismo como o caminho a seguir.

O secretário-geral do PS afirmou que a Europa “tem que pôr fim à ambiguidade”, que considerou ser a maior “doença” da União Económica e Monetária, denominando esta união monetária como “imperfeita”.

Acrescentou que a ambiguidade passa, também, por existirem na União Europeia “Estados que mandam mais do que outros” e “diferentes políticas orçamentais”.

Deste modo, apontou como solução o federalismo, e “não ficar a meio da ponte”.

“Defendo que cada europeu possa votar para eleger um presidente da Europa e um projeto político”, afirmou, defendendo ainda um “orçamento comum na União Europeia”.

Relativamente à política de austeridade seguida pelo Governo, António José Seguro teceu uma crítica: “Quem tem uma lógica seguidista de bom aluno, está a cometer um erro que se paga caro”.

Voltou a apontar as medidas de extrema austeridade como um “erro”, revelando que, se fosse primeiro-ministro, também aplicaria alguma austeridade, “mas não nas doses que tem sido aplicada”.

Como soluções para o que apelidou de “crisona” que a Europa enfrenta, o líder socialista apontou o “crescimento económico e políticas de emprego”, como o PS já tem dito por várias vezes. E, mais uma vez, defendeu que “é preciso mais tempo”, uma vez que “não está escrito em nenhum manual que o défice tem que ser reduzido até 2014”.

António José Seguro, que falava em Braga na Universidade do Minho, disse que o “Banco Europeu de Investimentos e o Banco Central Europeu devem ter um papel mais relevante” e que deviam “emitir moeda e emprestar dinheiro diretamente aos Estados membros”.