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Seguro defende adenda para crescimento e emprego em Estrasburgo

Seguro defende adenda para crescimento e emprego em Estrasburgo

António José Seguro defendeu hoje uma mudança de políticas em Portugal, como a adenda ao Pacto Orçamental que o PS leva na quarta-feira a votação, no Parlamento.

“A Europa há vários anos que lida com esta crise e tem aplicado uma receita que, em vez de diminuir os problemas da crise, tem-nos avolumado e, no nosso país, a situação é muito dramática, os números do desemprego elevadíssimos”, afirmou o secretário-geral do PS, após um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.

Seguro teve também várias reuniões com líderes europeus, entre os quais, Lászlo Andor, Comissário Europeu do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, e com Hannes Swoboda, presidente do Grupo Socialistas & Democratas no Parlamento Europeu, assim como com os Eurodeputados do Grupo S&D no Parlamento Europeu.

O líder socialista relembrou que o PS apresentou no Parlamento, em abril, uma adenda ao Tratado Orçamental, e voltará “a apresentar amanhã (quarta-feira) ”. “Tive oportunidade de falar com o presidente do PE sobre essa iniciativa, que ele aceitou de bom agrado e tivemos oportunidade de passar em revista a situação na Europa”, revelou.

O secretário-geral considerou que a OCDE “aponta para níveis de desemprego, no próximo ano, superiores a 16 por cento e num clima de recessão”.

“Eu defendo a emissão de eurobonds (títulos da dívida europeia) e de ‘project bonds’ para financiar projetos de financiamento na economia verde, nas energias renováveis, na economia digital, defendo uma taxa sobre as transações financeiras”, reiterou António José Seguro.

Seguro apelou a uma mudança de política: “É preciso mudar de política. Neste momento há, em cima da mesa, duas agendas completamente diferentes: a da Sr.ª (Angela) Merkel, da direita e que aponta para uma austeridade a qualquer preço e de que o primeiro-ministro em Portugal é um fiel seguidor”. A segunda agenda é a de “um conjunto de vozes que agora tem à sua frente François Hollande, que defende consolidação orçamental, com um equilíbrio entre aquilo que é uma despesa inteligente e a necessidade de colocar o emprego e o crescimento económico como a prioridade da ação política”.