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Seguro: Crise só se resolve com respostas comuns e concertadas

Seguro: Crise só se resolve com respostas comuns e concertadas

O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro defendeu em Bruxelas, após um encontro com os líderes socialistas de Espanha, Itália e Grécia, que é fundamental uma “concertação” de posições na resposta à crise, e lamentou que o 1º ministro não faça o mesmo.

Falando à saída de um encontro por si promovido, à margem do IX Congresso do Partido Socialista Europeu, António José Seguro explicou que a reunião envolveu “líderes socialistas de países que neste momento passam por dificuldades”, tendo todos concluído que “há um limite para essa austeridade, que é a dignidade das pessoas”.

“Entendemos que, depois de fazermos uma análise aprofundada do que se passa em cada um dos países, que devemos continuar com esta concertação, porque temos problemas comuns e os problemas comuns só se resolvem com respostas comuns”, disse, acrescentando que, na sua opinião, o 1º ministro, também “devia fazer este diálogo”, que classificou de “fundamental”.

“Tenho pena que o primeiro-ministro não tenha estado numa reunião na semana passada de iniciativa do primeiro-ministro italiano, Mario Monti. Eu tomei a iniciativa desta reunião porque entendo que, sendo Portugal um país da UE, é impensável e impossível encontrar uma solução coerente sem que nos possamos trabalhos juntos no seio da UE”, declarou o líder socialista.

António José Seguro assegurou ainda que vai “tomar outras iniciativas, que brevemente serão do conhecimento público”, mas adiantou que, desde já, ficou decidido entre os líderes voltarem a encontrar-se “muito brevemente”, sendo entretanto levado a cabo um “trabalho interno muito grande” que conduzirá à adoção de “iniciativas concertadas”.

Hoje, o secretário-geral do PS participa no congresso do PSE, intervindo num painel intitulado “juntos pela economia de que precisamos”, numa reunião na qual os socialistas europeus irão adotar posições sobre a união bancária, o orçamento plurianual da União Europeia para o período 2014-2020, e o pacto social europeu.