Seguro apela à mobilização para a mudança

No encerramento da conferência Um Novo Rumo para Portugal sobre “Políticas de Cidade”, em Coimbra, António José Seguro afirmou ser essencial “conciliar os portugueses com a política e com as instituições” e ter “sociedades participativas e que se envolvam nas decisões políticas. Aquela ideia de que apenas os governantes sabiam tudo e tinham a competência necessária acabou”.

Seguro considera que “não podemos dispensar o interior e as suas gentes para contribuir para novo país”, uma ideia de que o Governo não partilha, e afirma ser essencial “alargar a autonomia do poder local. O poder local é uma conquista da república, mas também do 25 de abril, pela autonomia que trouxe. É preciso reafirmar a defesa do poder local”.

“Defender o poder local democrático, e as funções sociais do Estado, corresponde à nossa visão de uma sociedade justa e que combate a desigualdade”, reforça António José Seguro, acrescentando que “todos estamos convocados a provocar uma mudança em Portugal”, garantindo dignidade a todos os portugueses. “Numa altura em que tanta gente expressa a sua indignação quanto à forma como somos governados, é bom que se recorde que cada um de nós tem um grande poder, que é o da mudança”, disse, lembrando a oportunidade que os portugueses têm para mudar no dia 25 de maio, através do voto: “este é o momento de convocarmos esse poder que recebemos há 40 anos, a par da liberdade, e que é o poder da mudança, aqui e na Europa”.

Os socialistas não aceitam “que a Europa se tente dividir com uma nova cortina de ferro”, pois “o projeto europeu não é de divisão, é de união”, afirmou o líder socialista, que não aceita que existam “países que beneficiam da crise”, enquanto outros vivem uma austeridade sem limites. Seguro diz que é preciso “provocar a mudança na Europa, para depois provocar em Portugal” e propõe “aos portugueses que nós juntemos e concentremos a nossa energia e votos no único projeto alternativo e responsável”, que é a “excelente lista de candidatos” do PS.