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Seguro acusa Governo de se ter transformado num comité eleitoral do PSD e do CDS

Seguro acusa Governo de se ter transformado num comité eleitoral do PSD e do CDS

Esta sexta-feira à noite, em Mangualde, onde encerrou uma das 19 conferências “Um novo rumo para Portugal” que se estão a realizar este fim-de-semana em todo o país, o Secretário-geral do PS frisou que o Governo desenvolve a maior campanha de propaganda eleitoral de que há memória na democracia portuguesa.
“O Governo deixou praticamente de governar. Transformou-se num comité eleitoral do PSD e do CDS e especializou-se na oposição ao PS”, criticou, acusando Pedro Passos Coelho de ter retomado “a segunda parte da teoria do oásis”, ao dizer que “o país hoje está melhor”.
 
“Não está, porque ele esqueceu-se de olhar para os mais de 880 mil portugueses que estão desempregados, os mais de 200 mil que emigraram, os mais de 310 mil que estando em idade de trabalhar já desistiram de tanto procurar e não encontrar uma oportunidade”, afirmou, lembrando ainda os “137 mil jovens, a maior parte licenciados, que não encontraram oportunidade de emprego e também tiveram de emigrar”.
 
António José Seguro lamentou também que, durante quase uma hora, na condição de líder do PSD, Passos Coelho tenha usado “mais de metade do tempo a fazer oposição ao PS” e não tenha apresentado “uma solução, uma proposta, uma visão para resolver os problemas dos portugueses”.
 
O líder do PS sublinhou que “não há um país separado das pessoas” e, por isso, não entende que o Governo diga que “a vida das pessoas está pior, mas a vida do país está melhor”.
 
“Nós hoje temos um país mais pobre e mais desigual. Ninguém, a não ser o Governo, que persiste em iludir os portugueses, pode dizer que o país está hoje melhor do que estava há dois anos e meio”, realçou.
 
António José Seguro desafiou ainda o primeiro-ministro a dizer com clareza que cortes definitivos pretende fazer nos rendimentos de trabalhadores e dos reformados.
 
“Ficámos a saber esta semana que o Governo negociou com a 'troika' mais cortes no rendimento dos trabalhadores e, quiçá, dos reformados”, disse o líder do PS, exigindo a Passos Coelho que “não engane mais os portugueses” e “diga com muita clareza quais são os cortes que prepara para serem definitivos”.