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Seguro: “A razão de existência da Internacional Socialista é olharmos para o mundo como um …

Seguro: “A razão de existência da Internacional Socialista é olharmos para o mundo como um …

António José Seguro defendeu hoje, em Cabo Verde, durante uma reunião do Comité África da Internacional Socialista, a necessidade desta organização se demarcar “do caminho neoliberal para sairmos desta crise”, ou seja, apostando no emprego, crescimento económico e na criação de riqueza.

“A solidariedade e a razão de existência da Internacional Socialista é olharmos para o mundo como um todo, que necessita de valores, de princípios e de uma estratégia de desenvolvimento”, defendeu o líder do PS português na Cidade da Praia.

António José Seguro afirmou que a “austeridade a todo o custo” é a “receita dos conservadores”, receita essa que tem sido testada na “Europa há quatro anos”. “A receita dos progressistas tem de ser a do crescimento económico, mas já não é o mesmo crescimento económico de outrora, já não voltaremos ao passado e convém aprendermos com os nossos erros, tem que ser um crescimento económico assente numa economia verde, em energias renováveis, no respeito pelos recursos de todos, quer os da presente, quer os das futuras gerações”, acrescentou.

O secretário-geral do Partido Socialista revelou que gostaria que a IS, “em particular no próximo congresso”, vincasse “bem que há uma alternativa ao caminho neoliberal para sairmos desta crise e que esse caminho passa por apostar no emprego e no crescimento económico, por criar riqueza e é a partir dessa riqueza que nós podemos encontrar soluções”.

Seguro demarcou a diferença entre os socialistas e os comunistas: “Uma coisa que nos distingue dos comunistas é que nós somos defensores de uma economia de mercado, mas não aceitamos uma sociedade de mercado”.

“É por isso que a resposta a esta crise tem uma tripla dimensão: uma dimensão nacional em cada país, uma dimensão regional em cada continente, mas tem necessariamente de ter uma resposta numa dimensão global”, defendeu.

Segundo o líder do PS, “enquanto não tivermos vontade política para criar normas e regras para que a globalização seja justa e não uma globalização selvagem”, “acabaremos por ser todos nós que seremos prejudicados”.

“E a grande responsabilidade está aí à nossa frente: o de saber se a Internacional Socialista conta nesse processo de mudança em termos globais”, porque, criticou, os mercados, “em particular os financeiros”, “não estão interessados nas pessoas”, têm um outro objetivo, “a especulação”. António José Seguro concluiu: “A Internacional Socialista, a família socialista tem outro objetivo: as pessoas. São essas as diferenças que temos à nossa frente”.