Segurança Social pagou 371 ME de apoios a 1,05 milhões de pessoas
Os dados foram hoje revelados pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, durante a cerimónia de assinatura da declaração de compromisso dos parceiros sociais para a retoma económica, detalhando que, no caso do instrumento de ‘lay-off’ simplificado, o apoio foi pago “a 72 mil empresas, abrangendo 623 mil trabalhadores”.
Ana Mendes Godinho sublinhou “o esforço enorme” dos serviços da Segurança Social para garantir a capacidade de resposta, em tão pouco tempo e num “quadro de grandes dificuldades”, a empresas e trabalhadores.
“Em poucas semanas foi possível, com todos, criar várias medidas extraordinárias de apoio às empresas e aos trabalhadores, desde o apoio à manutenção aos postos de trabalho, apoio à família, à redução da atividade dos trabalhadores independentes e dos sócios-gerentes e também a recente medida criada de apoio aos trabalhadores informais para entrarem dentro do sistema de proteção social”, realçou.
Na sua intervenção, a ministra considerou que a declaração de compromisso, hoje assinada com os parceiros sociais, “é o reflexo do esforço coletivo” que tem sido feito para encarar a pandemia de Covid-19, sinalizando que “este é o tempo da retoma sustentável das atividades, do reforço do apoio às empresas, ao emprego e às pessoas”.
Mobilidade de 400 funcionários para reforço da Segurança Social
O reforço dos serviços da Segurança Social foi já, entretanto, concretizado pelo Governo, com a autorização da mobilidade de cerca de 400 trabalhadores da administração central para serviços do Instituto da Segurança Social, por despacho conjunto dos ministérios da Modernização do Estado e da Administração Pública, e do Trabalho.
A medida, que entrou ontem em vigor e produz efeitos por um período de 30 dias, renovável por duas vezes durante o estado de calamidade, visa assegurar e acelerar a capacidade de resposta dos serviços a pedidos de apoio para trabalhadores e empregadores afetados pela pandemia de Covid-19.
No despacho, as ministras Alexandra Leitão e Ana Mendes Godinho sublinham que, considerando a situação de calamidade, bem como as limitações à atividade económica e à circulação dos cidadãos que a mesma também implica, “é expectável que, ainda que estejam a ser dados passos no sentido do reatamento da economia, este será um processo lento, que continuará a comportar necessariamente consequências para pessoas e empresas”.
“Consequentemente, exigirá igualmente uma capacidade de resposta excecional por parte dos serviços da segurança social”, referem.