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Segundo mandato de António Guterres inaugura “nova era de esperança” na ONU

Segundo mandato de António Guterres inaugura “nova era de esperança” na ONU

O primeiro-ministro e líder socialista, António Costa, saudou hoje a recondução de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas, formalizada esta sexta-feira, como “um motivo de orgulho para os portugueses”, considerando que inaugura “uma nova era de esperança” na liderança da ONU.

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António Guterres, secretário-geral da ONU

Na sua mensagem, António Costa assinalou as circunstâncias difíceis em que o secretário-geral das Nações Unidas exerceu o seu primeiro mandato, sublinhando que “soube defender a ONU, através do poder da palavra e do exemplo”.

Segundo o primeiro-ministro português, “estão agora reunidas as condições para um segundo mandato” de António Guterres, “que poderá inaugurar uma nova era de esperança, com solidariedade e cooperação internacional”.

“António Guterres é o homem certo no cargo certo, e contará, como sempre, com o apoio de Portugal, em especial na ação climática, na luta contra a pandemia, na defesa dos direitos humanos, no combate às desigualdades económicas e na construção de um mundo com mais diálogo e paz”, acrescentou horas antes de a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, proceder à votação da recomendação unânime do Conselho de Segurança para a recondução do antigo primeiro-ministro português (1995/2002) no cargo de secretário-geral da ONU.

Parlamento aprova voto de saudação

Também esta sexta-feira, o Parlamento português aprovou uma saudação pela reeleição de António Guterres “para um segundo mandato à frente da mais importante organização multilateral internacional”. O voto, que partiu de uma iniciativa do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, refere que “esta decisão, que tanto orgulha Portugal e os portugueses, é consequência da forma competente, rigorosa e empenhada como António Guterres exerceu o cargo de secretário-geral nos últimos cinco anos, bem como da força da sua liderança, ancorada nos valores e princípios essenciais em que assenta a ONU”.

“Depois de um longo processo, com audições e debates, pautado por uma grande transparência, em que a sua candidatura saiu claramente vencedora, e de cinco anos de grande exigência, marcados por grandes tensões e pela mais grave crise pandémica da história recente, António Guterres recebe, por unanimidade, o voto de confiança do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que se deve às suas qualidades humanas, políticas e intelectuais e à forma como colocou as suas muitas e diversificadas capacidades ao serviço dos Povos e das Nações. Provando que, tal como há cinco anos, António Guterres é a personalidade mais preparada para enfrentar a complexidade dos problemas do mundo atual”, acrescenta-se no texto do voto.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, presta hoje juramento e toma posse para um segundo mandato durante uma sessão plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, que contará com a presença e intervenção do Presidente da República.

A recandidatura de António Guterres, para a qual se disponibilizou no início deste ano, foi oficialmente anunciada pelo Governo português a 24 de fevereiro, com uma carta assinada pelo primeiro-ministro, António Costa, e endereçada aos dois órgãos da ONU.

Em março, António Guterres divulgou a sua visão para um segundo mandato e, a 7 de maio, apresentou-se para uma sessão de diálogo informal na Assembleia Geral, onde respondeu a perguntas dos Estados-membros e sociedade civil sobre como pretende dirigir as Nações Unidas nos próximos cinco anos e onde ouviu elogios vindos de representantes dos mais variados países pelo seu primeiro mandato.

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