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Secretas: PS desafia maioria a aprovar o seu projeto de reforma

Secretas: PS desafia maioria a aprovar o seu projeto de reforma

O PS desafiou os partidos da maioria a aprovar o seu projeto sobre reforma dos serviços de informações e considerou que Miguel Relvas ainda tem muitas contradições por esclarecer na “nebulosa” das secretas.

“Consideramos muito importante que se passe das palavras ao atos e que a maioria PSD/CDS viabilize um projeto do PS, prevendo que os membros dos serviços secretos façam registo de interesses, tenham um período de nojo antes de poderem passar para a vida empresarial e que os dirigentes das secretas sejam ouvidos antes da conclusão do processo de nomeação”, declarou Carlos Zorrinho.

O líder da bancada socialista, interrogado se Miguel Relvas ainda tem condições para continuar no Governo, respondeu que “quem tem de fazer essa análise é o primeiro-ministro”. “O ministro Miguel Relvas tem ainda muito que fazer no sentido de esclarecer os portugueses sobre as contradições em que tem vindo a cair e sobre a nebulosa que não conseguiu esclarecer”, afirmou.

Carlos Zorrinho revelou que o PS “está muito preocupado com o adensar da nebulosa entre serviços secretos, empresas e o PSD”.

“Essa nebulosa não diminuiu na quarta-feira, porque a intervenção do primeiro-ministro não trouxe qualquer esclarecimento e depois o ministro dos Assuntos Parlamentares incorreu em contradições. Estes factos fizeram com que na quarta-feira as suspeições se tivesse adensado e aumentado”, criticou.

O socialista referiu-se, ainda, à polémica entre o ministro Miguel Relvas e o jornal Público: “O PS quis ouvir o ministro na Comissão de Ética e Comunicação e lamenta que o ministro não queira ter estado nessa comissão. O que foi reportado em relação ao jornal Público sobre uma pessoa em concreto, tendo em vista fazer uma pressão sobre uma notícia, não pode ficar impune. O PS quer que isso seja esclarecido”.

Carlos Zorrinho adiantou que o Partido Socialista pretende ouvir em breve, em sede de comissão, os dirigentes do Sistema de Informações da República Portuguesa, bem como os responsáveis pela fiscalização desta entidade.