“Se os partidos da oposição quiserem deitar abaixo a CGD, o PS irá à luta”
O líder parlamentar do PS lembrou que a comissão de inquérito “destinava-se a proceder a uma indagação das situações que levaram à necessidade da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e aos atos praticados nesse sentido até ao ano de 2015”, não estando no âmbito desta comissão “diligências sobre outras matérias”. Ora, “se o PSD e o CDS entendem necessário inquirir situações no âmbito de correspondência privada ou oficial que possa ter levado à demissão da anterior administração da Caixa Geral de Depósitos, têm ao seu dispor, de acordo com o regimento, o direito potestativo de constituir outra comissão parlamentar de inquérito”, alertou.
No entanto, o presidente da bancada socialista deixou um aviso aos partidos da oposição: uma nova comissão de inquérito pode ser constituída desde que respeite a Constituição portuguesa, a lei e o regimento da Assembleia. “Tudo o que for feito com esse enquadramento é bem-vindo, porque, para o Partido Socialista, a transparência também faz parte da qualidade da vida de um partido”, asseverou.
Carlos César criticou a “saga que o PSD e o CDS têm montado à volta da CGD”, afirmando que “os portugueses querem que a Caixa Geral de Depósitos seja uma instituição bancária segura, seja o banco público forte ao serviço do desenvolvimento do país”.
“Nós já estamos cansados de ouvir o PSD e o CDS sempre à procura de um problema, sempre à procura de uma questão lateral para obstaculizar este processo. Se eles querem deitar abaixo a Caixa Geral de Depósitos, que o digam que vamos à luta”, garantiu o presidente do PS.
Para o Partido Socialista é importante “que a Caixa Geral de Depósitos seja recapitalizada, que esse plano seja rapidamente concluído, que o seu plano de negócios seja aprovado e colocado em execução”, assegurou.