Se direita fosse Governo já não haveria serviço público de transportes
“Este discurso do PSD sobre serviços públicos não são mais do que lágrimas de crocodilo. O PSD quer que o país se esqueça daquilo que foi a última governação. Mas nós não esquecemos”, vincou o socialista durante o debate quinzenal com a presença do primeiro-ministro.
“Não esquecemos os cortes, não esquecemos os encerramentos, não esquecemos as reduções e não esquecemos as privatizações”, enumerou.
Segundo João Paulo Correia, “se PSD e CDS hoje fossem Governo, nós teríamos uma série de empresas públicas de transportes já privatizadas”, como a STCP, a Metro de Lisboa, a Carris, a TAP totalmente privatizada e a EMEF.
O deputado do PS deixou depois um alerta: “Se PSD e CDS fossem Governo já não haveria serviço público de transportes, e muito menos haveria passe único”, já que os social-democratas nunca esconderam que estavam contra esta medida.
Já no setor financeiro, “o PSD procurou fazer à Caixa Geral de Depósitos o que fez aos CTT” – a privatização. Ora, “isso só não aconteceu porque uma nova maioria assumiu funções no Parlamento e bloqueou essa tomada de posição”, congratulou-se.
Relativamente à área da saúde, PSD e CDS cortaram “mais de mil milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde e aumentaram as taxas moderadoras”, recordou o socialista, que acrescentou que “foi um ciclo de degradação no Serviço Nacional de Saúde que foi invertido por este Governo”.
João Paulo Correia referiu ainda que a nova ala pediátrica do Hospital S. João, no Porto, é “um dos investimentos mais desejados” na saúde. E concluiu que “este tema devia fazer corar de vergonha o anterior Governo, e principalmente o PSD”, já que o primeiro-ministro na altura, Pedro Passos Coelho, “foi duas vezes ao Hospital S. João lançar a primeira pedra desta obra quando sabia que não tinha projeto e não tinha qualquer fonte de financiamento”.
PS é entusiasta de um país com qualidade de vida
Já o deputado do PS Luís Testa considerou que “o Governo desde cedo manifesta uma evidente preocupação com o sistema de mobilidade e de transportes”.
“Desde logo, no Programa Nacional de Reformas, o Governo assume a promoção de políticas que potenciam a transformação dos comportamentos e práticas de mobilidade dos portugueses, recuperar o serviço público de transportes e devolver a mobilidade aos cidadãos, aumentando a qualidade de vida. É essa a meta proposta”, apontou.
E deu o exemplo do Programa de Apoio à Redução Tarifária, que, com uma dotação total de 116 milhões de euros, encerra dois objetivos: “Por um lado, aumentar o rendimento disponível das famílias, e fá-lo consideravelmente; por outro, conseguir mais utilizadores de transportes públicos, e fê-lo consideravelmente”.
“No Grupo Parlamentar do Partido Socialista somos entusiastas do transporte coletivo e do transporte partilhado, somos entusiastas da mobilidade suave e da mobilidade elétrica, da neutralidade carbónica, de um país moderno, de um país competitivo e de um país com qualidade de vida. Somos entusiastas de um Portugal melhor”, concluiu Luís Testa.