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Santos Silva garante acompanhamento da comunidade portuguesa e anuncia reunião do Grupo de Contacto a 6 e 7 de maio

Santos Silva garante acompanhamento da comunidade portuguesa e anuncia reunião do Grupo de Contacto a 6 e 7 de maio

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou ontem que vai representar o Governo português na reunião do Grupo de Contacto Internacional para a situação na Venezuela, que decorrerá na Costa Rica, entre 6 e 7 de maio.
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Além de Portugal, integram o Grupo de Contacto outros sete países europeus – Espanha, Itália, Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, França e Suécia -, a União Europeia, e quatro países latino-americanos, Costa Rica, Equador, Uruguai e Bolívia.

“Há uma nova reunião marcada ao nível ministerial para a Costa Rica na próxima segunda e na terça-feira e posso informar que o Governo português estará representado através de mim próprio nessa reunião”. Disse o governante, salientando que os acontecimentos destes últimos dois dias “demonstram, mais uma vez, a necessidade de todos nós trabalharmos para facilitar um processo de solução política na Venezuela”.

Augusto Santos Silva, que falava no Consulado-geral de Macau, no balanço da visita de Estado à China do Presidente da República, referiu o Governo continua “sem nenhuma notícia” de portugueses feridos ou de estabelecimentos seus danificados, renovando o apelo para “os detentores dos meios repressivos do Estado se absterem de exercer violência de qualquer espécie, designadamente contra pessoas que apenas exercem o seu direito ao protesto, à manifestação e à reunião”.

O ministro reiterou que Portugal pré-ativou o seu “próprio plano” e que “os vários departamentos dos vários ministérios encarregados de executá-lo estão em coordenação” para o ativar, se for necessário, explicando que a principal preocupação das autoridades portuguesas tem sido contactar os dirigentes da comunidade portuguesa e, em segundo lugar, as embaixadas de países da União Europeia com representação diplomática na Venezuela e a própria delegação da União Europeia, chefiada pela portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa.

Também o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, confirmou a inexistência de notícias de atos de violência contra portugueses, sublinhando existir um contacto permanente com a rede do movimento associativo, com os conselheiros das comunidades portuguesas, a par de 25 grupos da rede social WhatsApp, que integram milhares de portugueses que se encontram em todo o território da Venezuela.

“Do ponto de vista do Governo português, os acontecimentos [nestes últimos dois dias] demonstram a necessidade de nós, os europeus e os latino americanos, prosseguirmos o trabalho que vimos fazendo no quadro do Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela”, reforçou ainda o chefe da diplomacia portuguesa, que reiterou o apelo a “uma solução política negociada que permita ao povo venezuelano exprimir-se de novo e escolher quem quer que o dirija”.