Santos Silva acusa PSD de falta de ideias e propostas
Augusto Santos Silva rejeitou hoje que o país viva uma “asfixia democrática”, como afirmou ontem à noite a líder do PSD, a quem acusou de “vazio de propostas e de ideias”.
O dirigente do PS defende que “Manuela Ferreira Leite tinha uma oportunidade para apresentar as suas propostas para o país, para explicar aos portugueses como é que, do ponto de vista do PSD, se poderia combater a crise e prosseguir a modernização da economia e da sociedade portuguesa, e nada disse a esse propósito”, afirmou.
Santos Silva sublinhou que “o país vive uma democracia adulta”, acrescentando que “o actual governo do Partido Socialista respeita escrupulosamente as regras e os procedimentos típicos da democracia”. “Não há nenhum problema com a vigência democrática dos portugueses, todos são livres de se expressar e de apresentar as suas ideias”, destacou.
Por outro lado, Santos Silva criticou a presidente do PSD por não ter explicado o que disse ser “a flagrante contradição que existe entre o alegado discurso da verdade, que alegadamente informa as opções do PSD, e as listas de deputados, onde figuram pessoas que são objecto de acusações formais em processos judiciais”.
Sobre as declarações de Ferreira Leite de que o défice do Estado deverá situar-se entre os sete e os oito por cento, “muito acima” do objectivo do Governo para este ano (5,9 por cento), Santos Silva declarou que essa possibilidade “não é verdade”.
Santos Silva acrescentou que “a despesa social do Estado está a aumentar”, com mais apoios para as famílias, para proteger o emprego e para apoiar os desempregados, além do investimento destinado ao emprego, previsto no orçamento suplementar. “A despesa com o pessoal da Administração Pública está controlada, a despesa está no intervalo de segurança previsto no Orçamento de Estado”, disse Santos Silva, que reiterou que o Governo mantém o objectivo do défice de 5,9 por cento.