Sampaio “honrado e feliz” com Prémio Mandela
O prémio, criado no ano passado pela Assembleia Geral da ONU para homenagear personalidades que se tenham dedicado a promover os ideais das Nações Unidas, constitui, segundo o antigo Chefe de Estado e ex-Secretário-geral socialista, “um estímulo e uma responsabilidade”.
“Pela vida fora tenho tentado dar o melhor que sei e o melhor que posso em nome de várias causas ou valores, nas mais diversas funções e circunstâncias”, referiu Jorge Sampaio, para de seguida recordar o seu mais recente envolvimento na luta contra a tuberculose e na Aliança das Civilizações.
Neste contexto, salientou que, apesar de estar “extremamente feliz” por ter sido distinguido com o Prémio Mandela – “essa grande personalidade que marca tão decisivamente a Humanidade em décadas de sofrimento e depois de libertação” – nunca buscou pessoalmente qualquer recompensa pelo seu trabalho aos mais diversos níveis.
E destacou então o seu envolvimento e responsabilidade na Plataforma de Emergência para os Estudantes Sírios, algo que considerou estar a “resultar bem, apesar da falta de verbas disponíveis para apoio”.
“O que se passa atualmente na Síria é inimaginável: Atinge toda a gente, destruíram-se universidades e casas. Depois de ter terminado a minha atividade nas Nações Unidas, nesta pequena parte, confesso que é uma satisfação dedicar-me a este capítulo a favor de um auxílio de emergência para os estudantes universitários sírios, do qual depende o futuro do país. Lutamos para que esta geração de jovens sírios não seja uma geração perdida”, frisou Jorge Sampaio.
Questionado sobre a sua reação ao facto de existir um reconhecimento internacional em relação ao seu papel político e social ao longo das últimas décadas, Jorge Sampaio respondeu: “Fiz o que pude, fiz o que era possível e necessário fazer”.