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Ritmo de crescimento está a acelerar

Ritmo de crescimento está a acelerar

Perante os bons indicadores económicos recentemente libertados, o primeiro-ministro assinala que o ritmo de crescimento da economia portuguesa tenha acelerado no último trimestre de 2016 face ao terceiro trimestre.

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Ritmo de crescimento está a acelerar

“Portugal está a acelerar o seu ritmo de crescimento e no terceiro trimestre do ano passado teve o ritmo mais alto de toda a União Europeia”, declarou António Costa, sublinhando que, relativamente ao quarto trimestre, os dados disponíveis permitem antecipar não só consolidação, mas até aceleração face ao que eram os dados anteriores.

“Assistimos a um crescimento equilibrado entre a procura interna e externa. E também entre o consumo e o investimento”, realçou o governante, congratulando-se pelo facto de as “as empresas estarem a investir e os dados do emprego serem “claríssimos” indicadores de melhoria.

Apontou ainda para os dados provisórios do desemprego libertados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)

“A taxa de desemprego de 10,2% significa a redução de mais de dois pontos percentuais ao longo de 2016. Em termos líquidos foram criados 100 mil postos de trabalho”, frisou, indicando, de resto, que o défice de 2016 já é seguro que “não será superior a 2,3%”.

“Isto é, o défice mais baixo dos últimos 42 anos”, vincou, lembrando que essa “consolidação” foi feita num contexto que permitiu repor rendimentos às famílias e reduzir a carga fiscal. “Prosseguiremos ao longo deste ano com um objetivo muito exigente: a redução do défice para 1,6% do nosso Produto Interno Bruto”, assinalou.

António Costa falava durante a cerimónia de inauguração do novo edifício-sede do Banco Santander Totta, em Lisboa, que contou também com a presença de Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), de Ana Botín, presidente do grupo financeiro espanhol Santander, e de António Vieira Monteiro, presidente do BST.

Portugal pode amortizar dívida ao FMI

Nesta ocasião, o primeiro-ministro aproveitou também para salientar que Portugal pode fazer novas amortizações no pagamento da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI), devido à “evolução positiva” do setor financeiro, que permite a devolução das ajudas públicas.

“Temos um nível de endividamento público e privado elevado, mas está a melhorar. A dívida líquida, no ano passado, reduziu-se pela primeira vez e a dívida bruta, sem contar com as operações de apoio ao sistema financeiro [Banif e CGD], também teria sido reduzida”, sustentou o governante.

Assim, caso se confirme a libertação de saldos primários prevista pelo Executivo, António Costa garante que será possível “responder positivamente à gestão da dívida”.

“O Estado dispõe de margens de conforto da sua solidez”, disse António Costa, acrescentando que “ a evolução positiva do sistema financeiro indica que não se repetirão as necessidades que justificaram os desenvolvimentos do ano passado”.