Comentando que, “nos últimos 40 anos, 2021 foi o ano em que os agricultores portugueses mais investiram nas suas explorações”, Ricardo Pinheiro iniciou a sua intervenção no debate sobre medidas de apoio ao setor agrícola a asseverar que “os fundos comunitários e a forma como foram programados nos últimos 20 anos refletem bem a forma assertiva como o dinamismo em diferentes setores da política agrícola portuguesa tem atingido números relativamente satisfatórios, mas, mesmo assim, o PS quer mais”.
Para o coordenador dos deputados do PS na Comissão de Ambiente e Energia, a superfície irrigável em função da superfície agrícola utilizada é um indicador importante que deve continuar a ser analisado: “Hoje, a área regada em função desta superfície já é 90% daquilo que é o seu total, um trabalho absolutamente enorme da forma como o Partido Socialista e um homem que hoje é deputado nesta casa, o Dr. Luís Capoulas Santos, fez pela agricultura”.
Alertando que este “é o setor mais exposto às alterações climáticas”, o deputado socialista referiu que “governar é hoje reagir rapidamente para proteger um setor tão importante como o agrícola. Defender a produção nacional e poder dar competitividade à agricultura, às pescas e à floresta portuguesa. 70% do consumo de água em Portugal não é gasto, mas é investido na agricultura”.
“A reprogramação do PRR, a forma como os fundos comunitários são analisados e discutidos carece que tenham um momento de atenção para tudo o que sejam medidas de eficiência energética no setor agrícola: as explorações agrícolas, a digitalização e a inovação no modelo de distribuição hídrica, a redução dos consumos energéticos também na atividade agrícola e uma aposta forte no aproveitamento e a economia circular deste setor tão importante”, disse.