Resultados do ano lectivo 2008/2009 mostram mais sucesso escolar e menos abandono

Menos abandono, menos insucesso e mais alunos matriculados são os resultados provisórios do ano lectivo 2008/2009, que, segundo José Sócrates, provam que a política seguida pelo Governo tem sido a mais correcta.

Estes dados foram apresentados esta manhã pelo Primeiro-Ministro, José Sócrates e pela Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, na Escola Secundária D. Dinis, em Chelas, Lisboa.
 
De acordo com os resultados escolares relativos ao ano lectivo de 2008/2009, a evolução do número de alunos matriculados no 9º ano no ensino público e privado registou uma taxa de evolução de 36 por cento nos últimos quatro anos, passando para 139.972 alunos matriculados no passado ano lectivo. O ano com resultados mais críticos foi o de 2004/2005 com 102.955 alunos inscritos.
 
Maria de Lurdes Rodrigues refere que “isto significa que estamos não apenas a manter na escola os alunos de idade própria como os alunos que, tendo ultrapassado a escolaridade obrigatória, tendo mais de 15 anos, estão na escola a concluir ainda o 9º ano de escolaridade”.
 
O nível de sucesso escolar sofreu também melhorias significativas, já que o período entre 2005 a 2009 teve uma taxa de crescimento na ordem dos 50 por cento. No último ano lectivo, 121.222 alunos concluíram o 9º ano de escolaridade.
 
Segundo a Ministra da Educação, trata-se de uma franca melhoria. “Desde 1995 que o país vinha a perder alguma capacidade em termos de sistema educativo, não só apenas perdia alunos como mantinha praticamente inalteráveis, seguindo uma tendência clara no que respeita à recuperação do insucesso e do abandono escolar, muito evidente nas taxas de escolarização”. Maria de Lurdes Rodrigues frisou que “se inverteu esta tendência de perda de alunos e elevado abandono e insucesso escolar para um melhoria franca de todos estes resultados. De 2001 a 2005 a taxa de decréscimo é de 12 por cento”.
 
Relativamente ao 10º ano de escolaridade, também foi possível notar o aumento do número de alunos matriculados, uma vez que em 2008/2009 houve 114.895 alunos inscritos no ensino público e privado.
 
Já as taxas de retenção no ensino básico do ensino público têm vindo a registar uma tendência decrescente, pois passaram de 15,5 por cento em 1996/97, para 7,7 por cento em 2008/2009. Situação semelhante é a do ensino superior, onde se verifica uma taxa de retenção de 18 por cento, bastante inferior à registada nos anos lectivos anteriores.
 
Para José Sócrates estes resultados são “uma grande notícia para o país”. “O facto de em quatro anos ter praticamente ter corrigido para metade do insucesso escolar é um resultado absolutamente notável, extraordinário, e uma grande notícia para o país ao nível da qualificação dessa nova geração para poder enfrentar os desafios no futuro e os problemas com mais perseverança e mais confiança”. “Aqueles que dizem que esses resultados são resultados de facilitismo estão apenas a insultar os professores, escola pública e a insultar o esforço dos alunos e das famílias”, defendeu.