Resultados das presidenciais nos EUA devem ser avaliados com precaução e em salvaguarda dos interesses portugueses
Comentando em Ponta Delgada o resultado eleitoral de terça-feira nos EUA, Carlos César recordou que Donald Trump, o presidente eleito, proferiu ao longo da campanha eleitoral afirmações “num sentido e no seu contrário” e que o “seu próprio discurso, depois de consumada a sua eleição, não é convergente com boa parte dos discursos que fez ao longo da campanha”, assinalando que “a grande nota para já é de imprevisibilidade”.
Por isso, referiu o presidente do PS, “o que se deve acautelar e o que se deve aconselhar à diplomacia europeia, à diplomacia portuguesa e aos governos é o de termos exatamente o cuidado na interpretação daquilo que essa Presidência nova nos Estados Unidos poderá fazer no próximo futuro”.
Carlos César sublinhou que “esse cuidado deve visar salvaguardar uma relação que é estratégica, que é essencial no plano internacional e que pode e deve ser cuidada do ponto de vista dos interesses portugueses, em particular na vertente Atlântica”, destacando, neste aspeto, a presença norte-americana na Região Autónoma.
“Os Estados Unidos são, indiscutivelmente, um parceiro económico, político, estratégico da União Europeia em geral, do país em particular e da Região Autónoma dos Açores para os interesses que estão em presença, no caso da base das Lajes”, defendeu o antigo presidente do Governo Regional dos Açores.