Reprogramação do Portugal 2020 pronta até julho
À saída da reunião com o comissário europeu Carlos Moedas, responsável pelas pastas de Investigação, Ciência e Inovação, e com a comissária Corina Cretu, da Política Regional, Pedro Marques disse aos jornalistas que o objetivo deste encontro foi avançar “rapidamente” com o processo de reprogramação do Portugal2020.
“Encontrei uma boa aceitação da nossa opção de esta reprogramação ir ao encontro do Programa Nacional de Reformas [que preconiza] mais competitividade, mais qualificações, em particular de adultos e do ensino profissional, bem como a descarbonização dos transportes e o apoio aos metros, ao sistema de mobilidade do Mondego, à linha de Cascais”, reportou.
E informou também que fez “uma primeira avaliação” com a comissária europeia Cretu relativamente à proposta que o Executivo português começou a discutir “informalmente” com a Comissão e que irá submeter “formalmente” nos próximos meses.
Como resultado, adiantou, “saiu daqui não só um apoio de caráter genérico ao trabalho desenvolvido até agora, mas sobretudo o desafio mútuo de termos este processo concluído até junho, julho.
Apoios a empresas de 5 mil milhões
Pedro Marques disse ainda que o Governo de Lisboa quer concluir “rapidamente” o processo para poder continuar “a apoiar o investimento empresarial” em cerca de 5 mil milhões de euros.
Recorde-se que, no final de fevereiro, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou, no fim da reunião do Conselho de Concertação Territorial, que a reprogramação dos fundos comunitários do Portugal 2020 irá reforçar os apoios às empresas, até 800 milhões de euros, para um investimento global de 5 mil milhões de euros.
“Só os investimentos que já aprovámos nos últimos anos no âmbito do Portugal2020 apoiaram cerca de 30 mil postos de trabalho e muitos deles de licenciados”, enfatizou Pedro Marques, referindo igualmente que o financiamento do próximo quadro financeiro plurianual da União Europeia foi o outro tema debatido nos encontros que manteve na capital belga.
“Esta é a altura de influenciar essa proposta”, defendeu, reafirmando depois a posição já assumida pelo primeiro-ministro, António Costa, sobre a importância da política de coesão e da Política Agrícola Comum (PAC) para o futuro da UE.