Relatório PISA: "Portugal tem apostado muito na melhoria da sua escola e isso tem …

Isabel Alçada considerou “muitíssimo expressiva” a melhoria dos resultados dos alunos portugueses no estudo da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) hoje divulgado, atribuindo-a aos professores, às famílias, às políticas educativas e à avaliação.

Isabel Alçada considerou “muitíssimo expressiva” a melhoria dos resultados dos alunos portugueses no estudo da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) hoje divulgado, atribuindo-a aos professores, às famílias, às políticas educativas e à avaliação.
O relatório de 2010 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), hoje divulgado em Paris, apresenta o “resultado mais expressivo de sempre” na melhoria dos resultados dos alunos portugueses de 15 anos nas áreas da leitura, matemática e ciências.
“Em primeiro lugar, os resultados devem-se ao trabalho dos professores e à sua qualidade, investimento e empenho”, disse Isabel Alçada em declarações à agência Lusa.
Isabel Alçada destacou também o papel dos directores de escola e o seu “esforço consistente e competente” para conseguirem escolas “eficazes” nos resultados dos seus alunos.
“As famílias têm vindo cada vez mais a acompanhar de perto a vida escolar dos filhos, netos ou vizinhos”, assinalou, acrescentando que uma maior relacção das famílias com as escolas “potencia resultados”.
Além disso, “Portugal tem apostado muito na melhoria da sua escola e isso tem expressão nestes resultados”, argumentou.
Isabel Alçada destacou o investimento no pré-escolar, que hoje é praticamente universal, e no ensino básico, ao nível dos currículos e formação de professores.
A ministra referiu ainda o investimento em recursos educativos como a rede de bibliotecas escolares e o Plano Nacional de Leitura como fatores que contribuíram para os bons resultados dos alunos portugueses ao nível de literacia.
“Portugal é o segundo país que mais progrediu em ciências e o quarto em leitura e em matemática”, disse.
Outro factor que Isabel Alçada considerou decisivo é a “cultura de avaliação” na escola portuguesa, aplicada aos alunos, aos docentes, às próprias escolas, avaliadas pela Inspecção Geral da Educação, e às medidas da política educativa.
A ministra salientou que houve um “aumento significativo” dos alunos com bons resultados em mais do que uma área.
Por outro lado, considerou que o estudo “confirma que a escola compensa as desigualdades sociais” porque há “muitos alunos de origem socioeconómica desfavorecida com excelentes resultados”.
O estudo da OCDE, que foi feito com base numa mostra de 6298 alunos constituída pelos peritos da organização, é “independente, rigoroso e é uma referência para os sistemas educativos”, acrescentou.