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Relatório PISA: Portugal registou uma evolução “impressionante” nos resultados da …

Relatório PISA: Portugal registou uma evolução “impressionante” nos resultados da …

Portugal registou uma evolução “impressionante” nos resultados da avaliação de alunos, afirmou hoje um responsável da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). “O melhor resultado de Portugal no relatório de 2009, em relação ao de 2006, foi obtido na matemática”, explicou Andreas Schleicher.

“Portugal ocupava o fundo da tabela nos relatórios anteriores e desta vez aproximou-se da média dos países da OCDE, ultrapassando por exemplo a Espanha”, afirmou Andreas Schleicher, diretor da Divisão de Indicadores e Análise da Direção de Educação da OCDE.
Andreas Schleicher sublinhou que Portugal obteve uma classificação de 489 pontos, próxima da média da OCDE, que é de 493 no relatório de 2009 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), hoje divulgado em Paris.
O PISA avalia os conhecimentos e aptidões dos alunos em matemática, leitura e ciências. “O melhor resultado de Portugal no relatório de 2009, em relação ao de 2006, foi obtido na matemática”, explicou Andreas Schleicher.
“O que é mais interessante nos resultados de Portugal é que o salto foi conseguido sem sacrificar o equilíbrio dos diferentes níveis de alunos. Não houve declínio no topo para se conseguir a melhoria na base”, resumiu o especialista da OCDE, em entrevista à agência Lusa.
Andreas Schleicher refere que a melhoria de resultados “pode ser explicada em primeiro lugar pelas políticas seguidas nos últimos anos e por uma conjugação de factores como a avaliação de professores e um controlo sério da qualidade do ensino. Não se pode melhorar o que não se conhece”, explica o responsável da OCDE.
O relatório PISA revela também que “diminuiu o peso das repetições, cujo nível continua alto em Portugal”.
Portugal faz parte do grupo de países que no relatório PISA 2009 registaram melhorias significativas da sua nota geral, que inclui o Chile, Israel e Polónia.
Portugal está tanto entre os países com mais progressos na avaliação em matemática (com México, Turquia e Grécia) como no grupo com um salto mais significativo em ciências (Turquia, Coreia do Sul, Itália, Noruega, Estados Unidos e Polónia).
“A diferença entre as escolas melhores e as escolas piores diminuiu”, salientou Andreas Schleicher, acrescentando que é também relevante no caso português que “a diferença (de resultados) entre escolas privadas e públicas não é muito grande”.
Isso quer dizer talvez, explica Andreas Schleicher, que “a escolha entre público e privado e o mercado do ensino não são factores de melhoria da educação”.
O responsável da OCDE frisou também que “as escolas privadas, após se corrigir a diferença sócioeconómica dos alunos, não têm por si só melhores resultados”.
O PISA 2009 revela que “os melhores resultados são obtidos em geral pelas escolas mais autónomas, aquelas que têm mais responsabilidades e liberdade na condução da sua actividade”.
Andreas Schleicher destacou, em geral, a importância das políticas educativas para combater o insucesso escolar, dando o exemplo das escolas de Xangai (China), onde “os directores das melhores escolas são incentivados a prosseguir carreira nas escolas mais difíceis. É uma política que está a ter resultados espectaculares, sem paralelo em qualquer outro país”.
Portugal está pela primeira vez “perto da média” dos países que participam no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), segundo um relatório hoje divulgado em Paris pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE).
O relatório PISA 2009, que testa os conhecimentos dos alunos de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências, coloca Portugal na mesma categoria que os Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Irlanda, França, Dinamarca, Reino Unido, Hungria e Taipei, uma das “economias de parceria” da avaliação.