Pedro Nuno Santos falava no âmbito da visita que realizou, esta terça-feira, na Maia, distrito do Porto, à SERMEC II, empresa da área da metalomecânica que lidera projetos como o primeiro protótipo de comboio 100% nacional.
Perante os jornalistas, o líder socialista reforçou a ideia de que a fixação dos jovens portugueses em território nacional exige “mais apoio à nossa indústria”.
“Portugal tem as competências e o talento para ambicionar uma economia mais forte e competitiva, capaz de liderar no campo da inovação com valor acrescentado”, disse, sustentando que a garantia de um futuro melhor para todos e em particular para os jovens portugueses passa essencialmente por “uma estratégia clara que aposte na reindustrialização e na criação de emprego qualificado”.
Na ocasião, fez também notar que esta visão é entendida pelo Partido Socialista como “um compromisso para construir um futuro mais próspero e sustentável”.
Durante a visita à SERMEC II, Pedro Nuno Santos retomou igualmente o tema relativo ao excedente financeiro existente nas contas públicas nacionais, fruto da anterior governação socialista, para insistir na necessidade de canalizar mais verbas para a justiça social e para a solidariedade.
Governo ensaia desculpas para não aumentar pensões mais baixas
Neste ponto, acusou o Governo da AD de ensaiar desculpas para reprovar o aumento das pensões mais baixas, uma proposta avançada pelo Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República.
E deixou claro que a bancada socialista e ele próprio irão bater-se para que o referido aumento extraordinário fique inscrito no Orçamento do Estado do próximo ano.
“O Governo que nós temos neste momento em funções está a arranjar desculpas, a tentar procurar desculpas para chumbar este aumento das pensões. O PS vai bater-se para que ele aconteça e temos a expectativa de que esse aumento vá mesmo acontecer porque é devido aos nossos reformados”, frisou, reagindo assim a notícias recentes que dão conta de que o PSD pediu à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) uma avaliação do impacto no Orçamento do Estado da proposta socialista que visa aumentar, já em 2025, as pensões mais baixas – até pouco acima dos 1.500 euros – em 1,25 pontos percentuais, além do aumento regular que decorre da lei.
“Sabemos que o país tem uma boa situação financeira orçamental”, lembrou, vincando que essa folga permite “dar mais um passo em frente na melhoria das pensões dos nossos reformados”.
Ao evidenciar que o executivo chefiado por Luís Montenegro tem margem para o aumento proposto pelo PS, Pedro Nuno Santos recordou também que “ainda há poucos dias o Governo se disponibilizou para viabilizar a redução do IRC em dois pontos percentuais”.
Ora, explicou, sendo que “cada ponto percentual custa cerca de 300 milhões de euros” e que a tutela se manifestou disponível para reduzir dois pontos e só se vai reduzir um, “há aí uma boa margem para pagarem o aumento das pensões”.
Candidato socialista ao Porto conhecido em breve
Na deslocação de ontem, o Secretário-Geral falou ainda sobre a ambição socialista para as próximas eleições autárquicas.
Adiantou, a este propósito, que o candidato do partido à Câmara Municipal do Porto será anunciado em breve e que o PS irá apresentar “um bom projeto” para assegurar que a cidade Invicta manterá “um papel de liderança” no norte do país.
“Teremos a nossa decisão tornada pública em breve”, pontualizou, assegurando que “o PS quer apresentar um bom candidato, uma boa lista de candidatos, um bom projeto para continuarmos a fazer do Porto a segunda maior cidade de Portugal”.
A terminar, Pedro Nuno Santos reafirmou a necessidade de termos “uma cidade do Porto forte”, manifestando-se confiante na escolha que o Partido Socialista irá apresentar.
“Não tenho dúvida nenhuma de que o nosso candidato será o melhor e o melhor programa para defendermos o Norte”, rematou.