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Reforma da zona euro é oportunidade que não pode ser desperdiçada

Reforma da zona euro é oportunidade que não pode ser desperdiçada

Mário Centeno

Portugal e França estão de acordo que a zona euro apresenta presentemente uma “janela de oportunidade” ímpar, que deve ser aproveitada para se avançar, nos próximos meses, com uma profunda reforma da moeda única.

In Acção Socialista

Falando numa conferência de imprensa conjunta em Paris, na passada sexta-feira, horas depois de saber da existência de um acordo de princípio para a formação de um novo Governo na Alemanha, o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, e o seu congénere francês da Economia e das Finanças, Bruno Le Maire, defenderam que a concretizar-se este acordo fica aberta uma “janela de oportunidade” que os países da zona euro “não deverão desperdiçar”, tendo em vista avançar com a reforma da zona euro.

Para estes dois responsáveis políticos, importa olhar com toda a atenção para o novo cenário criado com a abertura do acordo de princípio entre a CDU e o SPD para a formação de um Governo na Alemanha, uma oportunidade que ambos consideram ser única e que “não se poderá perder”, tendo em vista, como sublinharam, a urgência em se avançar “rapidamente” com o processo de “integração na zona euro”.

Tanto Mário Centeno como o seu congénere francês estão de acordo, como realçaram, que a “História não será complacente nem meiga” com os atuais responsáveis políticos europeus, se “desperdiçarem esta oportunidade”, realçando que “acima de tudo” do que a Europa precisa é de “apresentar resultados”, lembrando o ministro Bruno Le Maire, a este propósito, que a França “partilha a mesma determinação” de Mário Centeno em fazer avançar a reforma da zona euro para a “transformar em profundidade”.

Ambos os responsáveis políticos, de Portugal e de França, mostraram estar igualmente de acordo com as prioridades da reforma da zona euro, elencando, nomeadamente, os aspetos relacionados com a união bancária e a união do mercado de capitais, para além de os dois ministros terem igualmente defendido a convergência fiscal.