Reforço do SNS é “marca emblemática” do OE2020
“A saúde é, de facto, a nossa prioridade” para o ano de 2020. A garantia foi deixada por Ana Catarina Mendes em entrevista à rádio Antena 1, que explicou que o partido assumiu que, “apesar do esforço financeiro que foi feito e do esforço de meios humanos de reforço do Serviço Nacional de Saúde nos últimos quatro anos, o estado do SNS estava tão debilitado em 2015 que hoje ainda apresenta falhas”.
No entanto, “quer com a resolução do Conselho de Ministros, quer com o reforço financeiro neste Orçamento do Estado”, a saúde vai ser a maior prioridade, asseverou.
Ana Catarina Mendes recordou que “ao longo destes quatro anos foi possível fazer uma gestão rigorosa, mas nunca penalizar os serviços públicos ou penalizar as pessoas” para se alcançarem os bons números na economia. E este é um “Orçamento que quer continuar esse caminho de reforço dos serviços públicos, de qualidade de vida das pessoas”.
Relativamente ao excedente orçamental, que os partidos da oposição têm criticado nos últimos dias, a presidente da bancada do PS sublinhou que “é preciso perceber que, depois do caminho que fizemos nos últimos quatro anos, nós temos uma das maiores dívidas públicas. E temos que, para ser rigorosos, também fazer face a essa realidade”.
“Ora, este excedente orçamental é também para que possamos, depois de termos tido uma dívida de 132%”, estarmos hoje nos 116%, esclareceu.
Ana Catarina Mendes garantiu depois que o documento orçamental para o próximo ano vai incluir a valorização salarial, “e isso faz toda a diferença na motivação e no empenho que as pessoas colocam para melhorarmos os nossos serviços públicos”.
País não perceberia rejeição do OE por parte da esquerda
A presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista frisou depois que os partidos da esquerda são os mesmos que, “como o Partido Socialista, defendem o reforço do Serviço Nacional de Saúde, o reforço na educação, o reforço na proteção social, o reforço nos instrumentos de combate à erradicação da pobreza”. Por isso, é de prever que aprovem o Orçamento do Estado para 2020.
“Quem quer e pede e defende um Estado social forte” tem de ver neste Orçamento “esse Estado social a ser reforçado”, mencionou.
“Não consigo sequer entender como é que o Bloco de Esquerda e o PCP não viabilizam um Orçamento do Estado que vem na linha do que fizemos nos últimos quatro anos. Julgo que nem os portugueses perceberiam”, afirmou a dirigente socialista.
Ana Catarina Mendes lembrou que na votação do Orçamento há disciplina de voto. “Aquilo que eu acho que devo dar ao Grupo Parlamentar é, no momento próprio e no sítio certo, fazermos a discussão que temos que fazer”, referiu.
A líder parlamentar do PS disse que vai ouvir o seu Grupo Parlamentar “e a sua expressão de vontade será também soberana”.