Reforçar o investimento público é responder hoje às necessidades do futuro
Reforçar o investimento público, seja em “conjuntura de crise” como aquela que o país atravessa, seja em outro qualquer momento, significa sempre “reforçar o investimento virtuoso no nosso futuro”, defendeu o primeiro-ministro na inauguração da obra de ampliação aos 2º e 3º ciclos Escola Básica do Parque das Nações, em Lisboa.
Nesta cerimónia de inauguração da obra das novas instalações da Escola Básica do Parque das Nações, da responsabilidade da Parque Escolar, que esta manhã decorreu em Lisboa, o primeiro-ministro, António Costa, que estava acompanhado, entre outras personalidades, pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, começou por dar especial ênfase ao valor do investimento público, enquanto elemento estruturante para o “futuro do país”, que não pode ser tratado ou encarado como um pretexto para se atirarem “números para o ar”, ou para servir de sustento a “conversas sem sentido”, reafirmando que o investimento público tem de significar e de ter o peso institucional de projetos concretos de obras que estão ou estarão em breve no terreno.
Com efeito, e segundo o primeiro-ministro, se robustecer o investimento público significa “reforçar o investimento no nosso futuro”, então as obras de modernização, que se fizeram neste como em outros estabelecimentos de ensino um pouco por todo o país, têm de significar inevitavelmente que as “próximas gerações de meninos” vão ter “melhores condições de aprendizagem” e dispor também de “melhores instalações, melhores laboratórios e novos equipamentos desportivos”.
O primeiro-ministro lembrou ainda que nos últimos seis anos o Governo fez “um esforço considerável” para colocar as contas públicas em ordem, lembrando a este propósito que Portugal chegou a 2019 “com o primeiro excedente orçamental” em democracia, um trabalho que segundo António Costa não impediu ou “sacrificou” o aumento do investimento púbico que “subiu 64% desde 2015”.
Quanto ao défice de 5,7% nas contas públicas hoje divulgado pelo INE, o primeiro-ministro referiu que os números traduzem o impacto da crise provocada pela pandemia de covid-19, considerando que o valor referente a 2020 resultou das “medidas de apoio do Governo às famílias, às empresas e no aumento do investimento público em conjuntura de epidemia”, designadamente na saúde e na educação, defendendo que é nos momentos de crise e de dificuldade que se deve “apostar em fazer aquilo que há muito está por fazer, e fazê-lo de uma vez por todas”.
Momento crucial para a retoma escolar
Também presente na cerimónia o ministro da Educação referiu-se ao processo de desconfinamento, lembrando que, a exemplo das restantes atividades no país, também o ensino atravessa um momento crucial com o encerramento do segundo período escolar, agora “já com atividades letivas nos jardins de infância e no 1º ciclo”, salientando que, apesar de haver um pequeno alivio nas medidas de confinamento, o país atravessa ainda “um período complexo em que nada está ganho”, acentuando que “quem mais tem a perder” caso as coisas não correrem bem “são as crianças e os jovens”.
“Tudo faremos”, disse ainda o ministro Tiago Brandão Rodrigues, para que o processo gradual de desconfinamento possa acontecer como “todos desejamos”, para que de seguida se possam encontrar as condições para abrir o terceiro período escolar, com o 2º e o 3º ciclo, para logo de seguida se abrir também o ensino secundário e superior.
Antes, o autarca de Lisboa, Fernando Medina, tinha também garantido que a expansão e conclusão das obras desta escola do ensino básico “encerrava o compromisso do Estado” com a cidade no que ao Parque das Nações diz respeito, referindo que com esta inauguração fica também concluído um “caminho de atrasos, insuficiências e dificuldades em responder durante 20 anos às necessidades do Parque das Nações”, designadamente, como salientou, em “matéria de infraestruturas que estavam projetadas”.