Depois de se ter reunido com o Conselho de Administração, o Secretário-Geral do PS visitou vários dos serviços da unidade hospitalar, como o departamento de imagiologia e angiografia, e a unidade de medicina reprodutiva, área sobre a qual manifestou especial sensibilidade, lembrando que a infertilidade “é um drama que muitos jovens casais enfrentam em Portugal”.
“O SNS tem de reforçar o seu investimento para ajudar os jovens casais que querem ter filhos. Esse é um dos dramas mais duros, porque se trata de um projeto de vida que é colocado em causa, sonhos que são postos em causa. Precisamos de mais investimento por parte do SNS nessa área muito importante para os jovens casais e para mim também”, declarou.
O líder socialista assinalou, também, a notícia sobre a evolução do número de médicos de família prevista nos próximos anos em Portugal, estimando-se uma diminuição no número de aposentações, o que contribuirá para um aumento de profissionais em atividade no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Isso é muito bom para o SNS, porque terá efeitos na capacidade de resposta”, observou.
Queremos um país unido e sem divisionismos
À margem da visita, o Secretário-Geral do PS alertou ainda para os discursos divisionistas nesta campanha, lamentando que a candidatura da AD esteja a seguir por um caminho que não serve o país nem os portugueses.
“Não podemos ignorar que do outro lado – o da AD – se apresenta um projeto que quer regressar ao passado e em cada dia de campanha nós vamos confirmando isso. É na campanha que os projetos e os candidatos se vão revelando”, apontou.
Pedro Nuno Santos comentava assim as declarações proferidas pelo cabeça-de-lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa, antigo presidente da CAP, com um “discurso de negação das alterações climáticas” e de alarmismo, ao falar na organização de milícias armadas perante “os roubos nos campos”.
Para o Secretário-Geral do PS, este “não constituiu um caso isolado” nesta campanha eleitoral, lembrando as declarações de Pedro Passos Coelho sobre os imigrantes e de Paulo Núncio sobre a IVG.
“Dizem que têm grandes listas e grandes candidatos e depois dizem que não têm nada a ver com isso. Primeiro, tivemos um discurso em relação às migrações. Depois, tivemos um discurso de regresso ao passado sobre a interrupção voluntária da gravidez e direitos das mulheres”, apontou, criticando também as palavras do presidente do PSD, Luís Montenegro, sobre pobreza, quando é fácil aos portugueses perceberem “em que governos o país ficou mais pobre e em que governos se conseguiu reduzir a pobreza”.
“Precisamos de unir o país, ter Portugal inteiro junto. Alarmismo e divisão é algo que não queremos na sociedade portuguesa. Queremos um país unido a avançar junto”, contrapôs.
Mobilizar os indecisos
Ao início da manhã, o Secretário-Geral do PS participou de uma animada arruada no centro da Covilhã, insistindo na ideia de que é preciso mobilizar os eleitores indecisos para o voto no dia 10, afirmando “um projeto de futuro e para não darmos nem um passo atrás naquilo que conquistámos”.
Acompanhado pelo cabeça-de-lista no distrito de Castelo Branco, Luís Fazenda, e pelo presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, Pedro Nuno Santos cruzou-se com muitos populares que lhe manifestaram apoio e anteciparam-lhe um “futuro de primeiro-ministro”.
“Vamos trabalhar para isso”, respondeu o líder do PS, salientando que estas legislativas são para “lutar até ao fim e derrotar a direita”, reiterando o apelo à mobilização de todos.