Reforçar a parceria interna na UE e tornar os Conselhos Europeus úteis para as pessoas
“A Cimeira de Roma que assinala os sessenta anos da assinatura do Tratado que constituiu os alicerces da União Europeia, não pode ser mais uma réplica dos Conselhos Europeus dos últimos tempos, cheios de palavras e nulos de consequências”, afirmou Carlos Zorrinho, ao intervir na sessão plenária de Estrasburgo do Parlamento Europeu no ponto relativo às conclusões do Conselho Europeu do passado dia 15 de dezembro. Para o eurodeputado socialista, precisando a União Europeia de “responder com clareza aos novos desafios globais”, a eleição do novo Presidente do Parlamento Europeu não vai nesse sentido ao refletir uma “escolha que sendo democrática e legítima, foi tudo menos clara”, nela cabendo “eurocéticos, euro pasmados e até euro entusiastas que negociaram uma solução confusa, abrindo caminho para que a União Europeia continue a navegar à vista, sem ambição nem visão”, salientou.
Sobre as conclusões do último Conselho Europeu, Carlos Zorrinho lamentou que “cada vez mais, os Conselhos Europeus sejam vistos pelos cidadãos como uma formalidade tecnocrática, de onde não se espera rasgo, visão nem decisões consequentes, capazes de melhorar o quotidiano e robustecer a sua confiança no projeto europeu”. Observando os três principais eixos na agenda da reunião de Dezembro, o eurodeputado considerou que no plano das migrações se constatam “alguns passos positivos dados nas parcerias externas, de que destaco em particular o avanço na constituição do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Sustentável”, tendo faltado, criticou, “acrescentar uma parceria interna para o investimento, o crescimento e o emprego”.
Já no plano da segurança, para Carlos Zorrinho “à vontade positiva de reforçar as cooperações reforçadas e em particular a proposta de criação de um Fundo Europeu para a Defesa, faltou acrescentar um plano concreto de cooperação na investigação, no desenvolvimento tecnológico e na gestão comum e partilhada dos dados estratégicos”. No que respeito ao plano do desenvolvimento, “à repetição exaustiva de boas ideias e intenções, faltou acrescentar modelos de financiamento robustos que permitam passar das intenções aos atos”, sustentou o eurodeputado socialista.
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