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Redução fiscal da direita é parca e vai sobretudo para os de cima

Redução fiscal da direita é parca e vai sobretudo para os de cima

O Secretário-Geral do PS lamentou, hoje, que o truque da direita para vender aos portugueses a ideia de “um grande alívio fiscal” se tenha saldado, afinal, em “ganhos mensais irrisórios” para a larga maioria dos contribuintes e em “ganhos algo maiores” para quem tem melhores rendimentos.

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Em declarações aos jornalistas, numa primeira reação à comunicação emanada esta manhã do Conselho de Ministros sobre o polémico desagravamento de impostos, Pedro Nuno Santos indicou que os “ganhos residuais” em sede de IRS avançados pelo Governo da AD beneficiam maiormente “quem tem melhores rendimentos”.

Ao ressalvar que os socialistas terão ainda de “analisar com mais detalhe” a proposta aprovada hoje, “porque tudo aquilo que sai deste Governo exige muito cuidado e muita cautela para não sermos enganados”, o líder socialista fez questão de destacar a ausência de esperança e de ambição na atual governação de direita, “algo que se evidencia bem nesta iniciativa”.

“Por falar em esperança e ambição, foi o que não vimos na proposta que nos foi apresentada”, vincou o Secretário-Geral, à entrada da sede nacional do Largo do Rato, onde decorreu esta tarde o almoço dos 51 anos do Partido Socialista.

Na ocasião, Pedro Nuno Santos explicou aos jornalistas que, “na vida concreta, no rendimento mensal de cada português, a proposta do Governo traduz-se realmente em poucos euros”.

De seguida, considerou estarem agora mais claras as razões que moveram a AD a tentar criar o truque de incluir na sua medida aquela que já estava em vigor no Orçamento do Estado aprovado pela anterior governação socialista.

“É porque a sua proposta não era de nenhum grande alívio fiscal”, disparou Pedro Nuno Santos, enfatizando que só alguns rendimentos beneficiarão de “ganhos algo maiores” com a medida da AD.

Para os socialistas, apontou, esta é “uma questão muito importante, porque nós precisamos é de construir um Portugal mais justo, mais solidário”.

Frisando que a preocupação do PS com a reforma que está no Orçamento do Estado é “favorecer os trabalhadores que ganham menos”, o líder socialista assinalou estarem em causa “duas visões diferentes da sociedade portuguesa”.

A terminar, Pedro Nuno Santos desmontou a retórica oportunista da direita, alertando para que, “apesar de o executivo falar muito na classe média, na realidade a pouca poupança fiscal que concretiza é superior para os de cima”.

“A grande promessa de alívio fiscal sobre os rendimentos de trabalho por parte da AD não aconteceu. As propostas que a o Governo de direita apresenta não são credíveis. Os portugueses não vão ganhar quase nada com a proposta aprovada hoje em Conselho de Ministros”, concluiu.

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