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Redução das portagens no interior mostra caminho do Governo para o equilíbrio do território

Redução das portagens no interior mostra caminho do Governo para o equilíbrio do território

O deputado do PS Ascenso Simões saudou “a terceira e mais significativa redução das portagens nas autoestradas do interior”, ontem anunciada pelo Executivo, considerando tratar-se de uma medida “determinante” para o desenvolvimento do país.
Redução das portagens no interior mostra caminho do Governo para o equilíbrio do território

Durante o período de declarações políticas, no Parlamento, o socialista defendeu que esta redução “mostra que há um caminho”: “O Governo soube interpretar o sentir dos que teimam em não rumar às grandes cidades”.

“Portugal pode continuar a garantir-se melhor, mais equilibrado e mais justo seguindo este caminho”, congratulou-se.

Ascenso Simões apontou que “os próximos tempos devem questionar-nos sobre o tipo de descentralização que queremos fazer olhando territórios tão dispares e com dimensões tão opostas”. “Mas não poderemos deixar de apostar na proposta política do Governo de inaugurar um processo de afirmação regional a partir das Comissões de Coordenação Regional. A eleição, pelos autarcas, não é, em si, o ovo de Colombo, mas pode ser a nova etapa de um poder mais próximo, mais justo e mais capaz”, disse.

“Também não podemos menosprezar a proximidade do Governo aos territórios. A existência de claras agendas sectoriais, como as que se perspetivam nos próximos dias no nordeste transmontano, é absolutamente essencial”, garantiu o parlamentar.

Segundo o deputado do PS eleito pelo círculo de Vila Real, “estamos em presença de uma leitura única sobre o país, uma governação retirada dos processos castradores dos centros de decisão”.

Ascenso Simões sublinhou que “o país fica a dever ao atual Governo esta relevante inversão de prioridades”, que determinou que em todos os concelhos tem de haver serviços essenciais, como tribunais, conservatórias, serviços de finanças, escolas da rede nacional, serviços de saúde de proximidade, serviços de apoio social locais, extensão agrária e de apoio animal, serviços postais e serviços financeiros garantidos pelo banco público. “Tudo isto tem de ser garantido e vai ao arrepio das decisões de governos anteriores onde o critério era sempre económico”, notou.

Os quatro D’s assumidos pelo Governo para a competitividade do país

O deputado do Partido Socialista recordou depois os “quatro D’s que o Governo assumiu – demografia, desigualdades, descarbonização e digitalização”, que “assentam como uma luva nos desafios que se colocam ao país que queremos salvar”.

“Já falei da necessidade de fazermos tudo para que possamos construir cidades com mais de 75 mil habitantes, no espaço de 15 anos, para além de Viseu; já falei da necessidade de se criarem empresas e empregos de elevada exigência técnica e científica, porque só assim se reduzem as desigualdades mais gritantes; e falo agora do imenso potencial agrário e florestal para os mercados de CO2 e dos recursos energéticos do interior que não podem resultar numa perspetiva mineira como aconteceu no Estado Novo”, indicou.

Ascenso Simões mencionou depois uma outra “condição determinante para a competitividade”: “O país interior terá de passar, com urgência, do 3G para o 5G”.