Rede pública de carregamento elétrico vai ter concessão ainda este ano

Na sua intervenção no painel de abertura da Portugal Mobi Summit, na Nova SBE – School of Business and Economics, em Cascais, Matos Fernandes apontou que, de acordo com o calendário estipulado, “na primavera do próximo ano este projeto e este processo estarão fechados”.

De acordo com o projeto, os cerca de 600 a 700 postos de carregamento elétrico, que vão ser instalados até ao final do ano, serão divididos em 10 lotes espalhados pelo país, em redes compostas por pelo menos 60 postos, a concurso. Desta forma, o Estado passa apenas a ter a função de regulador e a manutenção dos postos de carregamento elétrico passa a ser assegurada pelas empresas concessionárias.

Na sua intervenção, o governante relembrou também as metas para atingir a neutralidade carbónica em 2050, que disse não serem negociáveis, apontando que 15% do investimento de dois mil milhões de euros anuais necessário para atingir os objetivos traçados tem de ser dedicado ao setor da mobilidade.

Já à margem do encontro, Matos Fernandes reiterou ser “fundamental dar às autarquias, isoladamente ou agregadamente, como elas desejarem, um poder maior na questão da mobilidade”, acrescentando que a partir daí devem ser definidas “regras inteligentes” de gestão, como por exemplo, privilegiar um contingente por emissões, em detrimento de um contingente numérico de veículos, um projeto, apontou, para ser desenvolvido na legislatura que se vai iniciar.