Carlos Pereira assinalou, em declarações aos jornalistas no Parlamento, que o indicador diário da atividade económica publicado pelo Banco de Portugal “revela um aspeto muito significativo”: “A economia portuguesa está a acelerar e, relativamente a maio, as indicações são que está 25% acima daquilo que eram as indicações homólogas do ano anterior”.
Tendo em conta que “em maio de 2020 a economia portuguesa estava completamente desconfinada”, esta é “uma notícia boa e significa que os apoios que o Estado português tem vindo a conceder têm sido úteis e eficazes”, frisou.
O deputado destacou depois “o volume de apoios a fundo perdido que o Estado já concedeu às empresas”. Trata-se de “um volume significativo nos primeiros quatro meses de 2021”, o que “significa muito mais apoios a fundo perdido do que foi dado no ano todo de 2020 e mesmo o dobro do que estava orçamentado”, explicou.
Carlos Pereira lembrou que “este reforço e esta aceleração dos apoios a fundo perdido ocorreram precisamente no trimestre em que o país esteve confinado e foi necessário reforçar esses mesmos apoios”.
“No que diz respeito à recuperação da economia, também é bom lembrar que há indicadores muito positivos além do indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal”, como é o caso dos indicadores relacionados com a balança comercial, mencionou o socialista, que apontou que “as exportações estão superiores a mil milhões de euros do que foram no ano anterior. As importações, obviamente, diminuíram, mas o resultado final é um balanço positivo”.
Para Carlos Pereira, “este é um indicador de que as empresas continuaram a ter a dinâmica adequada para ajudar na recuperação da economia”.
Um outro dado macroeconómico “muito relevante” é a taxa de desemprego, o que constitui uma prova da “qualidade, pertinência e eficácia dos apoios que o Governo acabou por instalar na economia portuguesa”, garantiu.
“Não é menos relevante sublinhar que a taxa de desemprego continua abaixo da média da União Europeia e em valores manifestamente baixos para uma crise desta natureza. Estamos a falar de uma taxa de desemprego de 6,9%”, disse o socialista, que recordou que “na crise anterior”, durante a governação PSD/CDS, “a taxa de desemprego andava acima dos 15%”.
E acrescentou: “Isto é notável porque refere, de uma forma muito clara, que a forma como o Governo está a combater esta crise é muito diferente daquela forma que foi combatida no passado, que simplesmente tirou rendimentos e retirou mercado das empresas e tornou as empresas muito frágeis e descapitalizadas”.
“Portanto, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista não pode deixar de estar satisfeito com este resultado, sem, obviamente, referir que continuamos atentos, é preciso continuar a reforçar apoios e é preciso ter em atenção que há matérias que ainda têm de ser acauteladas”, concluiu Carlos Pereira.