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Reativação faseada no Ensino Superior é essencial na preparação do próximo ano letivo

Reativação faseada no Ensino Superior é essencial na preparação do próximo ano letivo

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que a retoma "faseada e com responsabilidade" da atividade presencial nas universidades e politécnicos, ainda este mês, é determinante para começar desde já a preparar o próximo ano letivo.
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“A Universidade e o conhecimento exigem pessoas”, sublinhou o governante, referindo que o próximo ano letivo “tem que começar a ser preparado já, sem esperar até setembro”.

Falando à margem de uma sessão na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, que marca o reinício de sessões presenciais na instituição, Manuel Heitor apontou que se deverão, neste sentido, “adotar medidas de ensino combinado: presencial e à distância”, abrindo o ensino superior a mais jovens.

Por isso, concretizou, é preciso começar “já em maio e junho uma reativação faseada e com responsabilidade”, planeando para o próximo ano letivo o que poderá ser presencial e mantido à distância. O ministro indicou ainda que, no próximo letivo, as universidades e politécnicos poderão abrir concursos especiais para estudantes que tenham terminado o ensino secundário pela via profissional.

Envolvimento da comunidade académica e científica

Manuel Heitor apelou, por outro lado, ao “ativismo científico e académico” dos investigadores portugueses, pedindo que universidades e empresas participem no esforço global contra o novo coronavírus lançado pela Organização Mundial de Saúde e pela Comissão Europeia, em que se mobilizaram cerca de 7,5 mil milhões de euros para acelerar a investigação de uma vacina, terapias e meios de diagnóstico.

O ministro da tutela apontou o trabalho que já se fez nesta área no último mês, com a mobilização de 19 laboratórios certificados pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge que se reorientaram para fazer testes de diagnóstico nos lares de idosos.

“À data de ontem [domingo] tinham sido feitos mais de 50 mil testes, a um ritmo de quatro mil por dia, uma mobilização inédita que está a funcionar”, indicou, ressalvando que é preciso “evoluir para uma nova forma de integrar os testes com a atividade científica regular, que tem que ser retomada”.

Manuel Heitor referiu que além dos grandes laboratórios de medicina molecular, instituições como o laboratório de Microbiologia Alimentar em Viana do Castelo, o Laboratório de Investigação da Montanha de Bragança ou o Laboratório de Microbiologia Agrária de Évora se reconfiguraram para aderir ao esforço de testagem em todo o país.