Reafirmar os valores socialistas europeus contra o medo e a xenofobia
“Em Portugal estamos a fazer mudanças e a mostrar que é possível uma alternativa na Europa. Mas isto não se faz sozinho, faz-se com a Europa”, disse Ana Catarina Mendes no congresso do Partido Socialista Europeu (PES), que decorreu nos dias 7 e 8, em Lisboa.
A dirigente socialista destacou a estratégia política do PS e a ação do Governo liderado por António Costa que “rompeu barreiras” e “ousou pensar diferente”, o que permitiu alcançar os bons resultados que todos reconhecem.
“O que se joga hoje na Europa é o medo contra a esperança, a incerteza contra a confiança, o egoísmo e o individualismo contra a solidariedade, a desagregação contra a integração europeia, e o populismo contra a democracia”, afirmou.
A dirigente socialista considerou um imperativo “combater no imediato a xenofobia, o isolacionismo, a demagogia e o populismo”, acrescentando que “precisamos de uma Europa sustentável dos pontos de vista ambiental e económico”.
“Somos radicalmente europeus, somos defensores radicais da democracia, queremos uma alternativa a esta Europa tecnocrática e que se desagrega todos os dias”, afirmou Ana Catarina Mendes, sublinhando que “só com maior coesão social e integração política a União Europeia pode dar melhores respostas aos cidadãos”.
Travar dois combates fundamentais
Intervindo no primeiro dia do encontro, o deputado europeu Carlos Zorrinho apelou também ao voto nos socialistas nas próximas eleições europeias, quer pela mais-valia das suas propostas, quer como forma “de salvar o projeto europeu dos nacionalistas e populistas e a alternativa ao neoliberalismo conservador”, disse o antigo líder parlamentar socialista.
Destacando o que estão em causa nas próximas eleições europeias, Carlos Zorrinho referiu que “há dois combates fundamentais, embora não se confundam: O primeiro é pela sobrevivência do projeto europeu de paz, de liberdade de expressão e de igualdade de género, vencendo os antieuropeus; o segundo é mostrar que, entre os que defendem a Europa, há alternativas”, afirmou o líder dos eurodeputados do PS.
Perante este cenário, segundo Carlos Zorrinho, “não haverá em maio de 2019 voto mais útil nas eleições europeias do que aqueles que forem canalizados para os socialistas”, reafirmando que se trata de “um voto útil para salvar o projeto europeu dos radicalismos populistas e nacionalistas e também um voto útil para libertar a Europa do jugo neoliberal e socialmente insensível”.
Relativamente ao sucesso do Governo português, o dirigente socialista avançou que “o nosso “segredo” são pessoas muito competentes, muito empenhadas, valores e ideias fortes e longa experiência. Em Portugal, temos juntado à visão mobilizadora um conjunto e concretizações que reforçam uma onda de mudança e de transformações positivas”, concluiu Carlos Zorrinho.
Agenda progressista é a única que responde aos cidadãos
Já o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, sublinhou a predominância de autarcas progressistas nas principais cidades europeias e das suas políticas, o que, defende, “é a única agenda que responde aos problemas dos cidadãos”.
“Se viram o que acontece nos principais meios urbanos, concluímos que as principais cidades do mundo são governadas por progressistas. E mesmo no pequeno número de grandes cidades que não têm autarcas progressistas, mas de direita, a maior parte delas segue uma agenda de políticas progressistas”, observou Medina.
Para o secretário nacional socialista, “a agenda progressista é a única que responde aos problemas dos cidadãos”, disse Fernando Medina.
O edil lisboeta aproveitou, ainda, a oportunidade para dedicar uma palavra de apreço e incentivo ao candidato socialista a presidente da Comissão Europeia nas próximas eleições europeias, o holandês Frans Timmermans.