Em mais uma ação dos Encontros Europa, que teve lugar na Casa do Campino, a candidata socialista, que reforçou os três eixos da proposta para uma nova agenda europeia de progresso, assente na habitação, emprego e direitos fundamentais, evidenciou também a dimensão ambiental e sustentável.
“Não somos ambientalistas de ocasião, mas de convicção”, reiterou, enumerando as prioridades das políticas socialistas, no plano nacional e também europeu, na proteção dos recursos hídricos e na continuação da aposta nas energias renováveis.
“Queremos que a agenda verde avance, sem deixar ninguém para trás”, sustentou, perante uma assistência onde figuravam, entre muitos apoiantes e candidatos, a líder parlamentar, Alexandra Leitão, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e anterior presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e o embaixador Francisco Seixas da Costa.
Sempre fomos pela Europa connosco e nós com a Europa
Ao ex-presidente da Assembleia da República coube uma das intervenções do encontro, defendendo, entre as razões que enumerou par votar no PS nestas eleições europeias, aquela que se perfila como a “mais natural do mundo”.
“Nós sempre fomos pela Europa connosco e nós com a Europa. Não há nenhum partido em Portugal que possa demonstrar esta coerência”, disse, com um elogio ao fundador do partido Mário Soares e lembrando que o PS, quer na oposição, quer no Governo, “contribuiu ativamente para todos os passos de adesão à União Europeia”.
“Temos muito orgulho que no Conselho Europeu que aprovou a vacinação conjunta e o PRR a voz portuguesa, a voz de António Costa tivesse sido absolutamente determinante”, disse ainda.
Outra das razões invocadas por Santos Silva no apelo ao voto é “a qualidade da lista apresentada pelo PS”, deixando aqui uma farpa ao candidato da AD, ao lembrar que outros apresentam pessoas que até há poucos anos diziam que “o pior inimigo da Europa é a União Europeia” e agora querem ser membros dessa mesma União Europeia no Parlamento Europeu.
A Europa que os socialistas defendem, prosseguiu, é também a Europa que sabe “distinguir o Estado da sociedade e o Estado dos partidos”, numa nova crítica incisiva, agora à prática de “partidarite” a que se está a assistir no país pela governação da AD.
“Uma Europa que sempre se levantou contra a ideia da ocupação partidária do Estado, que é aquilo a que nós estamos a assistir – mais uma vez não tenhamos medo das palavras – nos últimos dois meses em Portugal”, acusou.
Para o antigo presidente da Assembleia da República, a Europa precisa ainda do PS para combater o “crescendo da extrema-direita eurocética, que quer conquistar a União Europeia para destruí-la por dentro”.
“Só há uma garantia contra o avanço da extrema-direita e essa garantia chama-se o voto nos socialistas”, apelou Augusto Santos Silva