“Que nenhum socialista fique em casa no dia 9”, exortou o líder do PS, avisando que ninguém deve iludir-se sobre a real importância destas eleições europeias para o futuro dos portugueses e do país.
Ao discursar perante largas centenas de militantes e simpatizantes reunidos na cidade-berço, o Secretário-Geral deixou, mais de uma vez, apelos ao voto.
“Domingo nós vamos estar a votar pela Europa e para eleger eurodeputados, mas nós vamos também votar por uma forma de estar na política, por uma forma de ver a sociedade, de respeitar os outros, de respeitar as mulheres, de respeitar quem trabalha, de respeitar a oposição, de ouvir, dialogar, porque é com os outros que nós podemos avançar”, enfatizou, sublinhando que uma vitória socialista depende da participação de todas e de todos.
“É importante que nós todos nos levantemos, que vamos votar, para vencermos as eleições”, insistiu, acrescentando que “é construindo em conjunto, é ouvindo todos, é integrando todos, é negociando, é dialogando que o PS quer estar na política”, tanto na nacional como na europeia.
Numa intervenção que iniciou com um sentido reconhecimento às “mulheres que lutam, que lideram no PS e que fazem combate político pela igualdade”, Pedro Nuno Santos garantiu que nenhum candidato socialista hesita ou se atrapalha na defesa dos direitos das mulheres.
Recusando qualquer recuo, muito especialmente em matéria de direitos fundamentais, o líder do PS deixou claro, mais uma vez, que esta luta civilizacional em curso pela preservação das conquistas a favor da igualdade e da liberdade “também se faz na Europa”.
E aí como aqui, afirmou enfaticamente, “nós não queremos andar para trás e nós sabemos que só com o PS é que andamos para a frente”.
Estado da Palestina deve ser reconhecido de imediato
Já numa perspetiva mais global, o Secretário-Geral defendeu ser já altura de Portugal reconhecer “de imediato” o Estado da Palestina.
Num momento simbólico que levou a uma ovação de pé dos presentes no comício ao ar livre, Pedro Nuno Santos advogou a necessidade de o país dar um “sinal político importante” sobre a atual situação de guerra na região do Médio Oriente.
Apontando para uma bandeira palestiniana que estava colocada numa varanda do largo no centro da cidade vimaranense, o líder do PS sustentou que Portugal deve juntar-se à Espanha e a outros países que já reconheceram o Estado da Palestina, sendo esta, referiu, “uma ação contra a duplicidade moral”.
“Neste momento difícil para a vida de todos os palestinianos, é importante que sejamos coerentes. Se defendemos a existência de dois estados, nós não nos podemos ficar pelo reconhecimento de apenas um dos dois estados e temos de reconhecer também de imediato o Estado da Palestina”, reivindicou, concluindo ser este “um contributo que Portugal deve dar à paz no Médio Oriente”.