“Qualquer sanção é injusta e contraproducente”
António Costa afirmou ontem que “não faz sentido” Bruxelas aplicar sanções a Portugal porque o anterior governo falhou a meta do défice em 2015 por duas décimas e que qualquer sanção a Portugal será “injusta e contraproducente”.
O anterior Governo teve as suas políticas sistematicamente elogiadas por quem agora os quer nos quer condenar. Para António Costa é incompreensível que o Sr. Schauble nos queira impor sanções [pelo período de Governação 2013-2015] quando tanto elogiava Maria Luís Albuquerque e afirmava que a politica seguida era o “modelo” de Governação que deveria ser seguido por toda a Europa.
Para António Costa “quem elogiou não tem agora legitimidade para vir criticar”, sobretudo “no ano em que pela primeira vez a própria Comissão Europeia reconhece que com este Governo, neste exercício orçamental, nós vamos conseguir ter um défice abaixo dos 3%”.
“É por isso injustificado, relativamente ao passado, e contraproducente, relativamente aos dias de hoje”.
O primeiro-ministro referiu ainda que é absolutamente incompreensível que a União Europeia neste momento, quando deveria esforçar-se com tantos problemas que tem, desde o Brexit aos refugiados, ao terrorismo, em vez de estar a contribuir para reforçar a confiança nas economias Europeias, estar a reabrir uma guerra por duas décimas [do PIB], por 300 milhões de euros.