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Qualificação e inovação colocam Portugal na linha da frente

Qualificação e inovação colocam Portugal na linha da frente

Só apostando fortemente na formação dos recursos humanos e na capacidade de inovação, é possível colocar Portugal no “pelotão da frente” do núcleo duro e na linha da frente da construção da União Europeia.

A afirmação é do primeiro-ministro, António Costa, que ontem presidiu à inauguração do novo centro tecnológico da Euronext, no Porto, que vai criar 120 novos postos de trabalho e onde vão funcionar áreas de desenvolvimento de sistemas e segurança de informação, que antes estavam sediadas na cidade de Belfast, na Irlanda do Norte.

Para que Portugal possa ambicionar atingir níveis de competitividade semelhantes aos alcançados pelas economias mais desenvolvidas da Europa, segundo o primeiro-ministro, o país tem de apresentar índices elevados de “inserção na rede de valor global”, valorizando, quer os seus recursos humanos, quer elevando os padrões de inovação.

Segundo António Costa, seria impensável que o nosso país estivesse fora do projeto europeu, porque é ele que permite, entre outras vantagens, que Portugal possa usufruir de um Centro Tecnológico, que dá suporte, quer à Bolsa portuguesa, mas igualmente à de Paris, Amesterdão e Bruxelas e “outros serviços globais para todo o mundo”.

Discutir se a Europa vai avançar ou não numa geometria variável ou a várias velocidades, merece da parte de António Costa uma certeza: qualquer que seja a geometria, Portugal e o Porto “estarão sempre nessa geometria e nessa velocidade”, garantindo que a cidade do Porto não é apenas o melhor destino turístico europeu, mas também a “cidade destino para altos investimentos”.

Como lembrou o primeiro-ministro, a decisão da Euronext em instalar o seu novo centro tecnológico do Porto justifica-se por existirem na região diversas instituições de ensino superior de qualidade, como as universidades do Porto, Aveiro, Minho e a Católica do Porto, para além de na cidade Invicta se situar ainda o Instituto Superior de Engenharia e a Escola de Negócios (Porto Business School).

Mais-valias que justificam, na opinião de António Costa, que este investimento se tivesse dirigido para o Porto, recordando que a Bolsa de Lisboa “foi um dos membros fundadores da Euronext”, há 15 anos, sendo que desde então, como salientou, com a sua integração no grupo Euronext, o “peso dos investidores estrangeiros nas transações tenha aumentado cerca de 70%”.

Recorde-se que esta plataforma (Euronext), que reúne, para além da Bolsa de Lisboa, as de Paris, Amesterdão e Bruxelas, tinha já no Porto a central de valores mobiliários Interbolsa, que emprega 50 funcionários, a que se vão agora juntar mais 120 trabalhadores no novo centro tecnológico.

Trabalhadores qualificados

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Euronext, Stephane Boujnah, o recrutamento de trabalhadores para o novo centro tecnológico “foi muito fácil e rápido”, atendendo, como afirmou, “à qualidade dos trabalhadores portugueses e à sua formação”, adiantando que o objetivo da Euronext para Portugal é “tornar-se mais relevante na atração para a bolsa dos atores da economia portuguesa”, sendo que outra das apostas, como referiu, passa por aumentar as iniciativas ligadas às empresas de caráter familiar, para as quais, como salientou, “a possibilidade de cotação em bolsa pode ser uma forma de assegurar liquidez e transparência”.

In Acção Socialista Digital

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