“Os valores da social-democracia na Europa enfrentam um dos desafios mais importantes da sua história”, disse o líder socialista português, sublinhando que a polarização social e política ameaça os fundamentos da confiança nas instituições democráticas, um fenómeno, defendeu, que “já não é apenas nacional”, mas “global, organizado e com métodos e meios de ação coordenados”.
Para o Secretário-Geral do PS, o “melhor antídoto” passa pela continuação do trabalho comum entre os partidos socialistas europeus, com propostas políticas centradas na paz, no desenvolvimento e numa economia “baseada no conhecimento, sustentável e inclusiva”.
“Devemos ter soluções concretas e comuns para resolver os problemas das pessoas e ser capazes de trazer esperança e melhores perspetivas à vida dos nossos cidadãos. Só assim é possível travar populismos e extremismos”, defendeu.
Entre as prioridades destacadas por José Luís Carneiro estiveram a habitação, o emprego, a saúde, os transportes e mobilidade, a qualidade do espaço público e a participação dos cidadãos.
O líder do PS referiu ainda a importância da defesa do multilateralismo, das relações transatlânticas e da cooperação com África e a América Latina, citando o antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Delors para sublinhar a visão europeísta que deve guiar a ação dos socialistas.
Esta estratégia deve favorecer a “competição que estimula, a cooperação que fortalece e a solidariedade que une”, salientou.
À margem dos trabalhos, José Luís Carneiro participou também num jantar com os principais líderes da família socialista europeia e encontrou-se ainda, em reuniões bilaterais, com o primeiro-ministro espanhol e líder do PSOE, Pedro Sánchez, e com o líder do SPD alemão, Lars Klingbeil, reforçando a vontade comum no compromisso com os valores fundadores da Europa, com os grandes desafios atuais no espaço europeu e com a defesa da democracia, do progresso e da justiça social.