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PSD quebra consensos

PSD quebra consensos

O porta-voz do PS, João Ribeiro, criticou hoje o PSD de “guerrilha política”, declarações “contraditórias” e quebra de consensos, apelando a Passos Coelho que decida se quer governar ou fazer oposição ao PS.

 

“As últimas declarações parecem indicar que o PSD abraçou a guerrilha política e virou as costas ao interesse nacional”. Para o secretário nacional socialista, o PSD “tem de decidir se quer fazer oposição ao PS ou se quer governar” e “essa é uma escolha fundamental que só pode ser feita pelo primeiro ministro e presidente do PSD”.

João Ribeiro respondia assim ao vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva que hoje afirmou que os sociais-democratas não têm “o papel de 'baby-sitter'” do PS nem podem obrigá-lo “a ser um partido responsável”.

“Muitas vezes é difícil saber que PSD é que está a falar. Tivemos o PSD das cerimónias do 25 de Abril, que elogiou sentido de responsabilidade do PS, e poucos dias depois temos um vice presidente do PSD com declarações completamente contraditórias”, alertou o porta-voz do PS.

Na sua perspetiva, “se alguém precisa de perceber o que é sentido de responsabilidade e não cultivar radicalismos tem de ser o PSD”.

“Há dias em que se valoriza sentido responsabilidade e a importância dos consensos. Depois há outros em que parece que isso já não é importante e ataca-se o PS, pondo em causa as condições políticas para que haja um consenso alargado que é essencial neste momento em Portugal”, frisou.

O secretario nacional não quis, no entanto, apontar o dedo a “divisões” entre os sociais-democratas, dizendo que “quem tem de responder a isso é o presidente do PSD”.

O que “parece” certo para o porta voz do PS é que o PSD tem um “desporto novo: quebrar consensos”.

“Primeiro quebrou o consenso europeu e agora parece estar a fazer tudo para quebrar o consenso social e político existente em Portugal para garantir o cumprimento do memorando [da 'troika']”, explicou João Ribeiro.

O porta-voz socialista disse ainda que o PS “tem cumprido a sua parte” num cenário em que “a cada dia os portugueses são confrontados com mais dificuldades”, apresentando “propostas alternativas” e atuando “com sentido de responsabilidade”.

Por isso, diz, “este governo não tem desculpa, porque tem tido todas as condições políticas para executar o seu programa e orçamento” e devia “dedicar-se a governar, já agora cumprindo aquilo que prometeu em campanha eleitoral”.