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PSD não aprendeu nem esqueceu nada

PSD não aprendeu nem esqueceu nada

“Neste primeiro debate desta sessão legislativa, começo saudando todos os partidos parlamentares por reafirmarem o compromisso do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, um compromisso de apoio ao Governo no cumprimento do seu programa”, declarou hoje o líder parlamentar do PS durante o debate quinzenal com a presença do primeiro-ministro, no Parlamento.

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Especulação combate-se com mais habitação acessível

Carlos César não deixou de saudar todos os autarcas eleitos no passado domingo, dia 1 de outubro, sublinhando que “os resultados das eleições autárquicas conferiram ao PS uma impressionante vitória com mais votos, mais percentagem, mais presidência de órgãos autárquicos e mais mandatos”.

“Foi o melhor resultado de sempre do Partido Socialista. O PS sozinho teve mais votos do que toda a direita. O PSD teve o seu pior resultado de sempre. Aliás, a intervenção do líder parlamentar do PSD ainda hoje explica muitas das razões que deram lugar a essa votação deprimente do PSD no país”, atacou o presidente do PS. E citou Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, político e diplomata francês ,na hora da abdicação de Napoleão, para explicar ao atual momento social-democrata: “Eles não aprenderam nada, eles não esqueceram nada”.

Para o presidente da bancada do PS, estas eleições autárquicas têm uma leitura: “A derrota da direita ‘Passadista’ e a aprovação do desempenho do Governo liderado pelo Partido Socialista”.

Carlos César lembrou, ainda, que “o CDS sozinho teve menos percentagem, menos votos e menos mandatos do que teve nas últimas eleições autárquicas”. Por outro lado, “a esquerda no seu conjunto teve quase mais um milhão de votos do que a direita coligada”, congratulou-se.

Compromissos parlamentares para manter

Carlos César explicou que os compromissos se mantêm e assentam na “continuidade do diálogo construtivo com os partidos de esquerda”, no “diálogo construtivo com o deputado em representação do PAN” e, ainda, num “compromisso de disponibilidade para a concertação política com os partidos da oposição, designadamente quando estiverem em causa matérias relevantes que aconselhem a sua adesão em função do interesse nacional”.

“Com todos queremos trabalhar e queremos fazê-lo mesmo com os que, por incompreensão, teimosia ou despeito, umas vezes desencorajando os portugueses em Portugal, outras vezes prejudicando Portugal no exterior, faltaram frequentemente à chamada do seu país e resistem sempre à reparação que era devida aos portugueses depois do tempo de prejuízo e de injustiça da governação CDS/PSD”, evidenciou.

O também presidente do PS defendeu que um dos grandes desafios do Executivo é “colocar as políticas de habitação na ordem de prioridades, apesar de já termos conseguido ao longo destes últimos anos, depois do período de intensa degradação com o Governo CDS/PSD, progressos importantes para as famílias portuguesas”.

No entanto, Carlos César garantiu que o partido sabe que “há ainda muitas famílias em situações habitacionais insuficientes ou precárias”. Precisamente por haver muito trabalho e correções a fazer, o líder parlamentar do PS defende que “este deve ser um desígnio do Governo do Partido Socialista nesta legislatura”.