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PSD falha também nas contas do passado

PSD falha também nas contas do passado

O líder parlamentar do PS defendeu hoje, durante o encerramento do debate parlamentar sobre o Programa Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade 2017-2021, que o atual Governo, apoiado pelos partidos de esquerda, conseguiu atrair a confiança dos observadores internacionais e inverter a “herança de degradação social e empresarial” deixada pelos partidos de direita.

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Carlos César sublinhou que, para os programas em debate, foram acolhidos os contributos de todos os partidos com assento parlamentar e dos parceiros sociais, “inclusive dos partidos da oposição que viram a maioria das suas propostas acolhidas nos documentos-base no ano passado”. “Na verdade, e ao contrário do que disse há dois dias o líder do PSD, em 2016 não foram rejeitadas ‘a maioria das propostas do PSD’ – aliás, tal como do CDS – mas sim aprovadas a maioria delas: 145 em 244”, apontou o presidente do PS, ironizando que “o PSD já não falha apenas nas previsões, falha também nas contas do passado”.

Segundo Carlos César, o compromisso que o Partido Socialista e o Executivo assumem é o de “desenvolver as orientações do programa do atual Governo, de adequação à nossa condição de membros da União Europeia e da zona euro, de respeito pelas matérias acordadas com os partidos e parceiros sociais e das medidas inscritas nas políticas orçamentais”.

“A credibilidade alcançada não se afere apenas pelo adquirido e, por isso, muito importa como se salvaguardará o futuro”, defendeu. No entanto, acrescentou, a verdade é que o Governo conseguiu “inverter positivamente resultados negativos e suscitar a confiança dos observadores internacionais mais insuspeitos”. Por este motivo, Carlos César alerta para a necessidade de prosseguir com as “boas políticas” e de afastar “da herança de degradação social e empresarial” que o anterior Executivo de direita deixou.

Concordando com Pedro Passos Coelho, Carlos César sustentou que “é preciso fazer mais do que administrar o que se herda”, ou seja, o Governo recusou-se a “administrar a herança de pobreza, o legado de falências, a contemporizar com o desemprego, a conformar-se com a maior carga fiscal de sempre, prosseguindo agora o caminho de alívio fiscal iniciado em 2016”.

O líder da bancada socialista acusou, ainda, o presidente do PSD de não ter saído “da prisão da penúria social e da prisão europeia do Procedimento de Défice Excessivo” enquanto estava à frente do Governo.