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PSD e CDS inviabilizam compromisso de salvação nacional proposto pelo PR

PSD e CDS inviabilizam compromisso de salvação nacional proposto pelo PR

O secretário-geral do PS acusou o PSD e o CDS de terem “inviabilizado” o compromisso de 'salvação nacional' proposto pelo Presidente da República.

António José Seguro comunicou esta posição na sede nacional do PS, cerca de uma hora antes de se iniciar a Comissão Política Nacional do Partido.

“O PSD e o CDS inviabilizaram um 'compromisso de salvação nacional'. Este processo demonstrou que estamos perante duas visões distintas e alternativas para o nosso país: Manter a direção para que aqueles que, como o PSD e o CDS, entendem que está tudo bem; ou dar um novo rumo a Portugal para aqueles que, como nós, consideram que portugueses não aguentam mais sacrifícios e que esta política não está a dar os resultados pretendidos”, afirmou o líder do PS na sua declaração inicial.

Tal como afirmara na quinta-feira, no parlamento, António José Seguro referiu que as propostas apresentadas pelo PS ao longo do processo negocial com o PSD e CDS estão escritas.

“Que fique claro para todos os portugueses o que cada um defendeu. A nossa proposta está escrita, fundamentada e à disposição de todos os portugueses no site do PS”, realçou Seguro.

O secretário-geral do PS destacou que a proposta de diálogo tripartido apresentada pelo Presidente da República surgiu na sequência “de uma grave crise política aberta pelas demissões do ministro [de Estado e das Finanças] Vítor Gaspar e do ministro [de Estado e dos Negócios Estrangeiros] Paulo Portas, crise política a que se soma a tragédias social e a espiral recessiva em que o atual Governo mergulhou o país”.

Apesar disto, segundo Seguro, na sequência do apelo do chefe de Estado para que se abrisse um diálogo político, “o PS disse sim”.

“Não poderia ser de outra forma quando o interesse nacional nos chama e é o futuro dos portugueses que está em causa. Quisemos um diálogo com todos, participámos no diálogo de boa-fé e empenhámo-nos em alcançar um compromisso”, sustentou.

António José Seguro referiu ainda que, ao longo da última semana, pelo facto de estarem a decorrer conversações, se remeteu ao “silêncio” e cancelou “toda a atividade pública, garantindo assim a necessária descrição em prol do êxito deste compromisso”.

“Infelizmente, nem todos assim procederam”, concluiu.