PSD deve pedido de desculpa aos portugueses
O Governo considerou que quem devia pedir desculpas ao país é o PSD, por ter agido “com irresponsabilidade” na questão que envolveu os mortos nos incêndios de Pedrógão Grande, e não o Executivo que se manteve sempre “sereno” e que “soube esperar” pela investigação do Ministério Público que, de forma natural, veio agora “esclarecer em devido tempo todo o país”.
Considerações que foram assumidas em nome do Governo pela ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, ontem, ao fim da tarde, no final do Conselho de Ministros. A governante lamentou ainda que o PSD tenha levantado suspeitas em “questões de vida ou morte”, aconselhando o maior partido da oposição a tratar de questões deste género com “todo o cuidado”, procurando com “rigor a informação e não acreditando em quaisquer declarações que possam ser feitas seja por quem for”.
Apoios às populações afetadas
Quanto aos eventuais atrasos de que a direita acusa o Governo, em relação aos apoios às populações afetadas pelos fogos florestais, coube ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, refutar a crítica, lembrando que a reconstrução já está no terreno “nos municípios afetados”.
Pedro Marques foi ainda mais longe na sua explicação, lembrando, particularmente no caso de Pedrógão Grande, que no prazo de pouco mais de uma semana foi já “duplicado o número de casas que estão em reconstrução”, cerca de 24, nesta primeira fase, havendo a indicação de que este ritmo “vai progredir muito rapidamente”.
Ainda de acordo com o ministro, “já estão lançados os concursos” para os apoios na área da floresta, da agricultura e das atividades económicas, apoios que contam a participação, entre outros organismos, da Fundação Gulbenkian, Caritas de Coimbra e de “várias verbas de solidariedade do fundo REVITA”.
Segundo Pedro Marques, estas ajudas vão permitir avançar rapidamente com a reconstrução de habitações, garantindo contudo o governante que “o mais importante em todo este processo” foi dado com a “orientação política” que foi aprovada entretanto e cujo regulamento determinou que a reconstrução das habitações podia avançar “sem ter que estar à espera dessas candidaturas”.