Alexandra Leitão explicou, em declarações à comunicação social no final da reunião da conferência de líderes, que “para a Comissão Permanente é possível – e tem sido da praxe noutros anos – marcar debates parlamentares e também declarações políticas”, sendo necessário o consenso dos partidos.
Ora, “no dia 3 de setembro, o Partido Socialista entrou com um pedido para se fazer um debate parlamentar” sobre o relatório da Inspeção-Geral das Finanças sobre a TAP com a presença do ministro das Infraestruturas, possibilidade essa que “foi inviabilizada por ausência de consenso na conferência de líderes pela oposição do Chega, do CDS e do PSD”, lamentou.
A líder parlamentar do PS vincou que “a realização, hoje à tarde, de um debate parlamentar com a presença do ministro das Infraestruturas para prestar devidos esclarecimentos sobre a TAP foi inviabilizada pelo PSD, pelo CDS e pelo Chega”.
“Aquilo que vai haver esta tarde são declarações políticas em que cada partido fala sobre o que quer e em que se admitiu algum contraditório a essas declarações políticas”, esclareceu Alexandra Leitão, notando que “declarações políticas com algum contraditório não é o mesmo que um debate parlamentar com outras grelhas e com a presença do ministro que deve esclarecimentos ao país”.
A presidente da bancada garantiu que “o Partido Socialista continuará a envidar esforços usando os mecanismos parlamentares – que é a sede própria – para trazer cá o senhor ministro das Infraestruturas para prestar esclarecimentos que deve ao país”.
Relativamente às negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025, Alexandra Leitão clarificou que ficou ontem combinado com o Governo que o Partido Socialista aguardará, “como tem sido sempre, que o Governo o contacte”.
Depois de ter recebido ontem a informação que tinha solicitado ao executivo, o PS estará preparado “em cerca de 48 horas” para continuar as negociações, tendo ficado combinado que os socialistas aguardam um convite para uma nova reunião, reafirmou Alexandra Leitão, asseverando a disponibilidade do Partido Socialista para conversar, não tendo mudado a sua posição desde julho.