Reagindo à entrevista de ontem do ministro da Educação, Fernando Alexandre, ao jornal Público, Isabel Ferreira esclareceu que o concurso de professores “seguiu objetivos transparentes de análise do histórico de cada escola e de cada agrupamento de escolas, com base nos lugares que sucessivamente eram ocupados por quadros de zona pedagógica por baixas médicas ou previsão de aposentações”.
A vice-presidente da bancada socialista admitiu depois que viu “com muito receio” as afirmações do governante, esperando que estas “não sejam um indício” de saída de professores, tal como aconteceu “entre 2011 e 2015”. Fernando Alexandre disse ao Público não encontrar justificação para a criação de mais seis mil vagas.
“Esperemos que com isto também não haja esta intenção de diminuir vagas ou de diminuir a atratividade desta carreira”, acrescentou a deputada socialista.
Isabel Ferreira vincou que o Governo do PS tornou a carreira docente “mais atrativa”, fixando os professores em escolas próximas das suas residências: “Anteriormente, alguns deles tinham mais de 200 quilómetros, e hoje têm 50 quilómetros, o que significa que também os professores estão mais próximos das suas residências”.
“O facto de terem um vínculo e de muitos deles estarem fixados numa escola, em particular, ou num agrupamento de escolas configura a maior operação de estabilização da vida dos docentes”, sustentou a socialista.
E sublinhou que foi o executivo do Partido Socialista que avançou com a operação de “desdobrar os quadros de zona pedagógica, que hoje são 63”.