PS vai continuar a defender a redução do IVA na restauração
O secretário-geral do PS, António José Seguro, reiterou ontem, em Penafiel, que vai continuar a defender a redução do IVA na restauração, de 23% para 13%, por ser “uma medida inteligente que defenderá o emprego”.
Criticando os partidos da maioria PSD/CDS-PP por mais uma vez terem chumbado a proposta que o PS apresentou, esta semana, na Assembleia da República, o líder socialista insistiu que a redução do IVA para aquele setor da economia impedirá o encerramento de muitas empresas e fortalecerá o turismo em Portugal.
António José Seguro mostrou-se, contudo, satisfeito por os partidos com assento parlamentar, “da esquerda à direita”, terem aprovado no parlamento oito das 10 medidas propostas pelos socialistas para promover o emprego.
“Tanto se serve Portugal no Governo, como na oposição”, disse, a propósito das propostas socialistas.
Para Seguro, o PS tem a responsabilidade de ouvir os partidos, os parceiros sociais e os sindicatos para encontrar as melhores soluções para o emprego.
O secretário-geral socialista insistiu que “o emprego não se cria através do decreto ou discurso bonito.”
“Cria-se apoiando as empresas, porque são elas que podem preservar postos de trabalho e criar novas oportunidades de emprego”, acentuou o líder do PS, acrescentando: “Não tenho uma varinha mágica, nem faço promessas, mas com inteligência e com projetos é possível que todos possamos dar um contributo para criar emprego”.
António José Seguro discursava no jantar da candidatura socialista à câmara local liderada pelo advogado André Ferreira, 34 anos.
Falando para cerca de três mil militantes e simpatizantes socialistas, António José Seguro prometeu que, se o PS for governo, criará condições para a construção do IC35, uma estrada reclamada há décadas por vários concelhos do Tâmega e Sousa.
Antes do líder socialista, tinha discursado o presidente da Federação do Porto do PS, José Luís Carneiro, que salientou a “estratégia de desenvolvimento comum na região, que passa pela valorização da economia e do emprego”.
O candidato à câmara local prometeu apresentar um “programa alternativo e mobilizador”. Para André Ferreira, a coligação PSD/CDS que governa o concelho desde 2001 “está em fim de ciclo”.