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PS vai concentrar-se nos portugueses e na mobilização do país

PS vai concentrar-se nos portugueses e na mobilização do país

O Secretário-Geral do PS, António Costa, defendeu no sábado que o foco do partido deve estar colocado na resposta à crise política que foi criada ao país, concentrando-se no “tempo”, na “mobilização” e na “resolução dos problemas” dos portugueses.

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“O PS tem todas as condições para ganhar as eleições. O PS tem de falar aos portugueses e mobilizar os portugueses. Tal como os portugueses resolveram a última crise política irresponsável, agora devem também resolver a nova crise política irresponsável”, disse o líder socialista, à margem da reunião da Comissão Nacional do partido, em Lisboa.

António Costa voltou a considerar como uma “irresponsabilidade” ter sido aberta uma nova crise política no país, com a dissolução “despropositada e desnecessária” de uma maioria parlamentar estável, advertindo, também, que a alternativa que se coloca à direita representa um fator de instabilidade para o país.

“Mesmo uma maioria parlamentar aritmética de direita dependente do Chega nunca seria uma maioria governativa”, sustentou, apontando que aquele partido de extrema-direita seria “um fator permanente de instabilidade”.

“Aquilo que todos desejamos, seguramente, é que esta tenha sido a última dissolução do atual Presidente da República e que o chefe de Estado não fosse ainda confrontado com a necessidade de fazer novas dissoluções no futuro”, advertiu.

António Costa reforçou ainda, sobre o contexto que originou esta crise política, que “cabe ao PS não se intrometer no tempo da justiça”, mas “concentrar-se no tempo dos portugueses” e em dar resposta aos desafios do país, “como fez nas últimas eleições legislativas”.

Aprovado o novo calendário eleitoral e do 24.º Congresso Nacional, o líder socialista salientou, igualmente, que “o PS deve aproveitar este debate interno para renovar ideias, corrigir erros e apresentar-se aos portugueses de forma unida e “capaz de assegurar uma vitória nas eleições de 10 de março”.

António Costa observou ainda que a futura liderança do partido, qualquer que venha a ser a escolha dos militantes, ficará em boas mãos, referindo, em particular, a sua “admiração e estima por José Luís Carneiro e por Pedro Nuno Santos”, os dois candidatos com os quais trabalhou “com grande proximidade”.

“Conheço as qualidades de ambos e não tenho dúvidas de que qualquer deles será um excelente Secretário-Geral do PS e, sobretudo, um ótimo primeiro-ministro”, acrescentou.

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