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PS vai a votos para eleger o novo Secretário-Geral

PS vai a votos para eleger o novo Secretário-Geral

Num momento decisivo para o seu futuro político, o Partido Socialista inicia, esta sexta-feira, o processo eleitoral para escolher o seu novo Secretário-Geral, numa conjuntura marcada pela necessidade de renovação interna e reposicionamento estratégico.

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As votações decorrem ao longo de dois dias, abrangendo todas as estruturas federativas socialistas do país.
Hoje votam os militantes de Aveiro, Baixo Alentejo, Bragança, Castelo Branco, Évora, FAUL, FRO, Guarda, Leiria, Madeira, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real, seguindo-se, amanhã, os socialistas dos Açores, Algarve, Braga, Coimbra, Porto e Viseu.

José Luís Carneiro apresenta-se como o único candidato à liderança socialista, na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos, motivada pelo mau resultado obtido pelo PS nas eleições legislativas de maio passado.

A sua candidatura é sustentada pela moção estratégica global “Ouvir e dar voz às pessoas”, que, segundo o próprio, é um documento “aberto, construído com escuta, diálogo e compromisso”.

Carneiro defende que a moção representa “um ponto de partida para o debate interno e para a renovação do projeto político do PS”, reafirmando uma visão de “um Portugal mais coeso, mais justo e mais bem preparado para os desafios do futuro”.

A proposta aposta também num Partido Socialista “forte, unido, progressista e profundamente enraizado na confiança do povo português”.

Com o objetivo de “restabelecer uma relação de confiança” entre o Partido e os cidadãos, o candidato à liderança compromete-se a “unificar e escutar para vencer”, com a determinação de devolver ao PS o seu papel de “partido central” no sistema político nacional.

No plano da política nacional, José Luís Carneiro tem garantido que, sob a sua liderança, o PS fará uma oposição “determinada e enérgica” ao Governo da Aliança Democrática (AD), sobretudo quando estejam em causa retrocessos, mas sem rejeitar “consensos democráticos” em áreas estratégicas como a política externa, a defesa, a segurança, a justiça e a reforma do Estado.

Reorientar a agenda socialista para resolver os problemas dos cidadãos

Numa das últimas ações da campanha interna, realizada ontem, o candidato afirmou-se “positivamente surpreendido” pela adesão de militantes, simpatizantes e membros da sociedade civil às iniciativas realizadas por todo o país.

Na ocasião, referiu ainda que o revés eleitoral nas legislativas deu origem a “um movimento muito significativo” de reflexão interna e de desejo de reorientar a agenda socialista para os temas que mais preocupam os cidadãos.

Desta volta ao país, Carneiro identificou três prioridades fundamentais para o novo ciclo político: salários e rendimentos, habitação e saúde.

A estes objetivos associa a defesa da sustentabilidade orçamental com “contas certas”, reformas estruturais e novos pactos de regime, estando aberto a convergências com o PSD em áreas estratégicas, sem perder de vista a coesão social e territorial.

Desde a sua fundação em 1973, o PS teve nove secretários-gerais: Mário Soares (1973-1986), Vítor Constâncio (1986-1989), Jorge Sampaio (1989-1992), António Guterres (1992-2002), Eduardo Ferro Rodrigues (2002-2004), José Sócrates (2004-2011), António José Seguro (2011-2014), António Costa (2014-2023) e Pedro Nuno Santos (2023-2025).

José Luís Carneiro prepara-se agora para assumir o décimo capítulo na liderança do Partido Socialista.

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