Na sua intervenção, o líder socialista sublinhou a importância estratégica da candidatura presidencial apoiada pelo PS, explicando a sua ausência física com compromissos inadiáveis em contexto europeu, mas garantindo presença ativa na campanha sempre que António José Seguro o entenda oportuno.
José Luís Carneiro fez notar também que “a candidatura de António José Seguro é essencial para o equilíbrio do sistema democrático” português, num contexto em que a direita detém maiorias a vários níveis do poder político.
E indicou ainda que o PS deve mobilizar-se de forma clara e determinada em torno desta candidatura, frisando que está em causa a defesa dos valores fundadores da democracia portuguesa.
A terminar, o Secretário-Geral destacou o percurso político e pessoal de Seguro, afirmando que o candidato tem provas dadas de compromisso com o serviço público, salientando a importância de um Presidente da República que saiba equilibrar liberdade, igualdade e solidariedade, valores centrais da matriz socialista.
Entre as presenças notáveis neste almoço destacaram-se o presidente honorário do PS, Manuel Alegre, o líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias, e muitos outros socialistas como Fernando Medina, Alexandra Leitão, Duarte Cordeiro, João Soares, Isabel Soares, Maria de Belém, Arons de Carvalho, José Neves, Elza Pais, Alberto Martins, Sérgio Sousa Pinto, Francisco César ou Jamila Madeira, num sinal político claro de mobilização e convergência em torno do candidato apoiado pelo partido.
Presidenciais são “verdadeira emergência democrática”
Usando da palavra no encontro, Eurico Brilhante Dias deixou uma mensagem de forte unidade interna em torno de António José Seguro.
O líder parlamentar do PS recordou que, no passado, a desvalorização das eleições presidenciais teve custos políticos elevados para o partido e para o país, gerando instabilidade e divergências internas.
Vincou igualmente que presidências da República alinhadas com a direita não garantiram estabilidade política em momentos decisivos, tendo antes contribuído para bloqueios institucionais.
Por último, alertou para o momento exigente que o país atravessa, defendendo que “esta eleição presidencial assume um carácter de verdadeira emergência democrática”.
Seguro é resposta democrática capaz de derrotar a direita
Por sua vez, o histórico socialista Manuel Alegre interveio para sublinhar a importância política e simbólica da candidatura de António José Seguro.
Num discurso no qual avisou que estas eleições “suscitam uma questão de regime” e são um “combate entre a democracia e a não democracia” e “um combate entre a democracia pluralista e o poder absoluto de um só partido”, o presidente honorário do PS destacou a necessidade de preservar o pluralismo democrático e o equilíbrio entre os órgãos de soberania.
Defendeu ainda a continuidade de uma tradição socialista de apoio a candidatos presidenciais comprometidos com a Constituição e com os valores de Abril, salientando, por fim, que a candidatura de Seguro representa “uma resposta serena, firme e profundamente democrática aos desafios políticos atuais”.
Unir o país para preservar valores constitucionais
No encerramento do almoço de apoiantes, o candidato às eleições presidenciais de janeiro apoiado pelo PS, António José Seguro, manifestou confiança numa passagem à segunda volta das eleições presidenciais, considerando essencial que essa fase decisiva não fique circunscrita a um único campo político – a direita.
Alertou, assim, para os riscos de reforço de tendências autoritárias e sublinhou a sua determinação “em unir o país em torno de um projeto de esperança e de respeito pelos valores constitucionais”.
Assumindo-se “abençoado” pelo apoio do Partido Socialista, garantiu que esse respaldo reforça a sua responsabilidade de ser um Presidente leal à Constituição da República e firme na defesa do pluralismo democrático.
“Todas as eleições são importantes, mas esta é uma eleição muito importante”, concluiu.
