No encerramento do XXII Congresso Regional dos socialistas madeirenses, o líder do PS garantiu que “Cafôfo está preparado para mudar a vida dos madeirenses para melhor”, destacando a experiência do candidato socialista ao Governo Regional.
Perante cerca de 450 congressistas, Pedro Nuno Santos fez questão de salientar que, com as regionais antecipadas de 23 de março terá chegado “a hora de uma mudança política que liberte a região da instabilidade causada pelo PSD”.
“Não há na história de Portugal um executivo com tantos arguidos como na Madeira”, deplorou, convocando todos os madeirenses para se “libertarem da teia de relações de dependência que foram sendo criadas, ao longo de décadas, para garantirem a manutenção do poder”.
Fazendo notar que o Partido “não apresenta qualquer um para liderar o Governo Regional”, o Secretário-Geral socialista evidenciou a experiência governativa de Paulo Cafôfo na Câmara do Funchal e na secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, caraterística que, assinalou, fazem dele “a pessoa certa para encabeçar um projeto vencedor e de modernidade para a Madeira”.
“A experiência e a competência” de Paulo Cafôfo serão determinantes para pôr fim a “um Governo de favores para alguns”, vaticinou, afirmando que o presidente do PS/Madeira está pronto para “liderar um Governo para todos”.
Coincidente com as propostas que têm vindo a ser preconizadas pelo PS/Madeira, Pedro Nuno Santos defendeu um crescimento económico na Região “que chegue a toda a gente e que não beneficie apenas alguns”, uma aposta na Habitação e na Saúde e uma diversificação do tecido empresarial que permita a criação de mais e melhores empregos, possibilitando fixar os jovens na sua terra.
Apontando baterias ao presidente do Governo Regional e recandidato do PSD/Madeira, o líder do PS destacou que Miguel Albuquerque se “eclipsou dos cartazes” de campanha do seu partido por se ter tornado “um peso negativo para o projeto do PSD para a Madeira”.
Uma eleição para ganhar
“Mas que ninguém se engane: quem se quer esconder dos cartazes é quem quer mesmo continuar a governar a Madeira. É Miguel Albuquerque. Não está nos cartazes, mas não vamos deixar que se esqueça de que é nele que votam se votarem no PSD”, pontualizou.
Ao considerar que tal situação constitui “uma vergonha para a Madeira”, o Secretário-Geral socialista destacou não ser apenas nesta Região que quem governa “falha e fracassa”.
Neste ponto, acusou o executivo da República liderado por Luís Montenegro de ser “incompetente” e de atuar também “para uma minoria”, sem ter um desígnio.
“Um Governo sem estratégia, que governa para uma minoria, mas, sobretudo, um Governo que se furta às explicações”, criticou, referindo que o primeiro-ministro “desapareceu da frente dos jornalistas” sem se sujeitar “a perguntas difíceis e incómodas”.
Voltando a insistir na importância da transparência na ação política e governativa, Pedro Nuno Santos reivindicou que Montenegro deve ainda esclarecimentos, “não só sobre a sua empresa, mas sobre todas as áreas da governação”.
“O executivo fez uma remodelação há pouco tempo e não houve, até agora, uma única palavra do primeiro-ministro a explicá-la”, exemplificou.
Ao terminar a sua intervenção, o Secretário-Geral do PS salientou que a luta dos socialistas feita a nível nacional é também a luta que se trava na Região Autónoma.
“Mas na Madeira temos uma eleição para ganhar dentro de um mês”, rematou.